A exemplo do que ocorre em nossas casas, o cidadão não gasta mais do que recebe, ou terá que cortar na própria carne custos que são essenciais, como a escola do filho.
Foi com esta afirmação que o Ministro-Substituto do Tribunal de Contas da União André Luís de Carvalho iniciou sua palestra, no Seminário Especial Execução de Despesa Público, sediado no Tribunal de Contas dos Municípios do Pará, nos últimos dias 13 e 14.
Com vasta experiência no campo de gestão e despesas públicas, Carvalho destacou que “a função mais importante de um tribunal de contas é preventiva e pedagógica”. “A corrupção não é endêmica. É uma excrescência e o problema do Brasil não é a corrupção – e sim, a impunidade”, pontuou. “Uma família endividada não conseguirá pagar os estudos dos filhos. Assim é o Estado. O ideal é sempre orientar o prefeito, em vez de tão somente cobrar a Lei de Responsabilidade Fiscal. Porque, se ele gasta mais que sua arrecadação, ele comprometerá sua gestão e a vindoura. Além de ser um grande candidato a responder por isso judicialmente”.
André Carvalho fez ainda um alerta aos ordenadores de despesa e gestores, de que “orçamento não é dinheiro; é autorização legislativa para gastos”.
Sobre o evento, o ministro do TCU, exaltou a importância de iniciativas desta natureza: “é fundamental que possamos trocar ideias para melhorar a gestão de recursos”.