TCE-MG: ‘Trilha de Editais’ evita gasto de R$ 3,3 milhões com irregulares em três meses

O sistema “Trilha de Editais”, desenvolvido pelo Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG), por meio da Central de Fiscalização Integrada e Inteligência – Suricato, conseguiu evitar R$ 3,3 milhões de irregularidades, em 11 licitações municipais. 

De setembro a novembro deste ano, o sistema de inteligência artificial do Suricato detectou milhares de editais suspeitos. Deste total, 222 geraram alertas e foram analisados pelos servidores do TCE, que confirmaram 11 editais com suspeitas de direcionamentos para aquisição de bens de luxo e equipamentos de informática.

Juntos, os editais somavam aproximadamente R$ 3,3 milhões em licitações, que foram anuladas pelos municípios, após atuação pedagógica do TCE-MG. Ao detectar as irregularidades, imediatamente, o TCE-MG encaminhou ofício a nove prefeituras alertando sobre a suspeita e protocolou duas representações.

“Através dessa ação, que detecta editais recém-publicados nos meios de comunicação, contribuímos para a expansão das possibilidades de controle do Tribunal, uma vez que são emitidos alertas e orientações aos municípios de possíveis ilegalidades em aquisições envolvendo veículos e bens de informática, ainda na fase do recebimento das propostas”, explicou o diretor do Suricato, Henrique Lima Quites

A agilidade no alcance dos resultados é um dos benefícios do sistema. Assim que o edital de licitação é divulgado, o programa detecta a suspeita de irregularidade e encaminha para análise dos servidores. Com isso, o Suricato chegou a evitar erros e possíveis gastos irregulares com até menos de 15 dias da realização do certame, conforme avalia o coordenador em exercício de Fiscalização Integrada do Estado (CFIE), Cláudio Lopes Nobre. 

“Por se tratar de uma rotina diária de envio de editais para análise, a equipe composta por seis servidores do Suricato consegue atuar tempestivamente, enviando ofícios por e-mail aos jurisdicionados. Estamos muito satisfeitos com a correção das irregularidades em 100% dos expedientes enviados”, avaliou o servidor. 

Fonte: TCE-MG