Mesmo com as servidoras trabalhando em sistema home Office, o Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul manteve a tradição e realizou a campanha “Outubro Rosa” sobre a importância da prevenção do câncer de mama e colo de útero. Por causa da pandemia de Covid-19, o alerta veio por meio de uma palestra on-line com a médica endocrinologista, Renata Albuquerque que destacou, principalmente, a importância da prevenção e da qualidade de vida das mulheres.
“As mulheres são doutrinadas a pensar no auto exame e na mamografia. A gente não tem que pensar só nisso, tem que pensar na nossa saúde como um todo. O que podemos fazer para diminuir a chance de desenvolver esse câncer e como também podemos orientar as pessoas próximas sobre a importância do gerenciamento da qualidade de vida, e também do gerenciamento de peso”, destacou a médica. Ela demonstrou também preocupação com o aumento do número de casos e da falta do diagnóstico precoce por conta da pandemia.
O movimento internacional de conscientização para o controle do câncer de mama, o Outubro Rosa, foi criado no início da década de 1990 pela Fundação Susan G. Komen for the Cure. A data é celebrada anualmente, com o objetivo de compartilhar informações e promover a conscientização sobre a doença; proporcionar maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento e contribuir para a redução da mortalidade.
O câncer de mama é segundo tipo que mais acomete brasileiras, representando em torno de 20,9% de todos os cânceres que afetam o sexo feminino ou 29,7%, excetuando-se o câncer de pele não melanoma.
A prática de atividade física e de alimentação saudável, com manutenção do peso corporal adequado, estão associadas a menor risco de desenvolver câncer de mama: cerca de 30% dos casos podem ser evitados quando são adotados esses hábitos. A amamentação também é considerada um fator protetor.
Os principais sinais e sintomas da doença são: caroço (nódulo), geralmente endurecido, fixo e indolor; pele da mama avermelhada ou parecida com casca de laranja, alterações no bico do peito (mamilo) e saída espontânea de líquido de um dos mamilos. Também podem aparecer pequenos nódulos no pescoço ou nas axilas.
Não há uma causa única para o câncer de mama. Diversos agentes estão relacionados ao desenvolvimento da doença entre as mulheres, como: envelhecimento (quanto mais idade, maior o risco de ter a doença), fatores relacionados à vida reprodutiva da mulher (idade da primeira menstruação, ter tido ou não filhos, ter ou não amamentado, idade em que entrou na menopausa), histórico familiar de câncer de mama, consumo de álcool, excesso de peso, atividade física insuficiente e exposição à radiação ionizante.
Além de estarem atentas ao próprio corpo, mulheres de 50 a 69 anos devem fazer mamografia de rastreamento a cada dois anos. Esse exame pode ajudar a identificar o câncer antes de a pessoa ter sintomas. A mamografia nesta faixa etária, com periodicidade bienal, é a rotina adotada na maioria dos países que implantaram o rastreamento organizado do câncer de mama e baseia-se na evidência científica do benefício desta estratégia na redução da mortalidade neste grupo.
A diretora da Secretaria de Gestão de Pessoas do TCE-MS, Elaine Góis dos Santos, explica que o intuito do TCE-MS é o de conscientizar suas servidoras quanto à importância do autocuidado. “Quanto mais cedo o câncer de mama for diagnosticado, maiores as chances de cura. Por isso, mesmo à distância, como o período excepcional por qual estamos passando, o TCE não poderia deixar de ao menos tentar alcançar o maior número possível de mulheres quanto às informações mais básicas e mais importantes à respeito do tema. Sabemos que falar nesse assunto ainda nos causa um certo receio. É um assunto não muito agradável, contudo, somos mulheres, somos vencedoras, derrotamos um leão por dia. Vamos um cuidar um pouquinho mais de nós para podermos cuidar de todos aqueles que amamos.”
Tania Sother