Aproximadamente 300 alunos de 5ª a 8ª série da Escola de Educação Básica Professor Benovívio João Martins, localizada no bairro Brejaru, em Palhoça, na Grande Florianópolis, receberam orientação de servidores do Tribunal de Contas de Santa Catarina a respeito da importância da preservação do patrimônio público. A atividade, desenvolvida na última quinta-feira (11/10) nos turnos matutino e vespertino, faz parte do projeto “Portas Abertas” que, pela primeira vez, foi realizado fora da sede do TCE/SC para aproximar-se ainda mais do cidadão.
“Foi uma experiência extremamente gratificante, pois a aproximação dos servidores com a realidade existente nas escolas não se deu na condição de técnicos de fiscalização, mas sim como disseminadores do conhecimento, contribuindo com a efetiva melhoria da qualidade do ensino público”, disse a diretora-executiva do Instituto de Contas — unidade do Tribunal responsável pelas ações de capacitação externa e interna —, Joseane Aparecida Corrêa. “Esta experiência deverá ser repetida mais vezes”, afirmou.
Através de exposições didáticas, numa linguagem divertida e acessível aos jovens, e com o auxílio de recursos audiovisuais — como pequenos vídeos educativos —, servidores do Tribunal falaram sobre o papel fiscalizador da Instituição e o quanto ela pode e deve ser parceira da sociedade para a manutenção e a melhoria das condições das instalações físicas, não apenas da escola em que os alunos estudam como também de outros equipamentos públicos, como praças, parques, etc.
Além de assistir a palestras e vídeos educativos, os estudantes receberam o gibi “A nossa parte”, uma publicação do TCE/SC em formato de história em quadrinhos destinada a crianças e adolescentes, que trata do combate ao desperdício dos recursos públicos e estimula o cuidado e a conscientização pela preservação dos bens públicos.
“O resultado foi muito positivo, pois mostramos aos alunos que eles também são responsáveis pela preservação do patrimônio da escola e devem ser parceiros do TCE/SC no trabalho de fiscalização”, ressaltou o diretor de Controle de Atos de Pessoal (DAP), Reinaldo Ferreira Gomes, um dos expositores do projeto.
O assessor da Presidência Raul Denis Pickcius, também um dos palestrantes, usou exemplos bem práticos para despertar o interesse dos alunos para o assunto, ao salientar que “o dinheiro que a Secretaria da Educação gasta para consertar equipamentos depredados ou pintar paredes pichadas poderia ser usado, por exemplo, para instalar um ar condicionado dentro da sala da aula”.
Usando a mesma didática do exemplo simples, João Luiz Gattringer, da Auditoria Interna do TCE/SC, ressaltou aos alunos que “o dinheiro gasto para o conserto das coisas que destruímos não é dinheiro dos outros, mas é dinheiro nosso, que foi dado para o governo na forma de impostos”.
Coordenado pelo Instituto de Contas, o “Portas Abertas” foi criado em 2006 para aproximar o TCE/SC do cidadão. Ao longo de suas várias edições — em 2012 foram seis —, o programa já recebeu, nas dependências da Instituição, estudantes de escolas e universidades públicas e privadas, vereadores e outros segmentos da sociedade, que assistem a palestras sobre as atribuições do Tribunal e a sessões do Pleno.
Agora, pela primeira vez, o evento foi realizado fora da sede do TCE/SC, indo ao encontro dos alunos. “Esse contato direto é muito importante porque permite ao Tribunal ter uma visão mais próxima da realidade vivida pelas escolas públicas”, destacou a assessora para assuntos institucionais, Debora Cristina Vieira, que também participou do projeto. Segundo ela, a ida dos servidores até o cidadão permite ainda “atender a uma necessidade básica da administração pública que é a conscientização da população quanto ao bom uso e a preservação daquilo que pertence a toda a sociedade”.
A iniciativa do TCE/SC também foi elogiada pelo titular da Gerência Regional de Educação da Grande Florianópolis, da Secretaria de Estado da Educação, Mario Benedet Filho, que acompanhou o trabalho no período matutino.