Candidatos ao Enem 2019 jogam o Você Gestor desenvolvido pelo TCE-BA

Que tipo de conhecimento é necessário para formar cidadãos críticos, capazes de discernir e tomar decisões que impactem na transformação social? A pergunta pode suscitar inúmeras respostas, mas, com certeza, a educação constitui uma das bases fundamentais para a construção desse conhecimento. Foi a partir dessa reflexão que alunos do 3º ano do ensino médio do Colégio Estadual Thales de Azevedo, no bairro Costa Azul, em Salvador, jogaram, nesta quarta-feira (5.06), o Você Gestor, jogo de tabuleiro que traz diversos conhecimentos sobre o Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE/BA), informando estudantes e professores sobre a missão institucional do TCE/BA, além de incentivá-los a exercer o controle social. O jogo é um dos produtos do Projeto Educação é da Nossa Conta, capitaneado pelo gabinete da conselheira Carolina Costa.

A prática fez parte da Semana Unithales, evento que possibilita aos estudantes o contato com professores de várias universidades com o intuito de prestar orientação vocacional àqueles que farão as provas do Enem 2019. A equipe do TCE/BA foi recebida, respectivamente, pela diretora e vice-diretora do Thales de Azevedo, Elisabete Paiva Brito Mioni e Elisângela Lopes Marques. A aplicação do jogo Você Gestor foi aprovada a partir de tratativas com a direção da escola e com a coordenadora, professora Laila Melo.

No início do jogo, ao receber as missões de custear o transporte escolar na zona rural da Bahia e adquirir equipamentos de informática para as escolas, a aluna Camilla Ramos dos Santos não imaginava que, exercendo simbolicamente o papel de gestora da Educação, teria de lidar com licitações, contratos, convênios, empenhos e manifestações de cidadãos registradas pela Ouvidoria. Entretanto, entre perdas e ganhos, ela conseguiu reunir os 800 pontos necessários para cumprir as duas missões, vencendo a partida.

Camilla, que pretende formar-se na área de Educação, achou que a dinâmica do jogo permitiu que a turma conhecesse o trabalho de auditoria executado pelo TCE/BA e também a missão institucional da Casa de Contas e Controle. “Eu achei o jogo bastante interessante e com uma dinâmica muito legal. A gente teve a oportunidade de conhecer o papel do gestor público e do TCE. A maioria das pessoas não conhece o trabalho dos gestores. Como ‘gestora’ da área de Educação, fiquei responsável pelo transporte na zona rural e vi o quanto esse trabalho pode influenciar na vida dos alunos do interior da Bahia. O jogo mostra também o dia a dia do gestor e suas responsabilidades”, disse a estudante.

Ao fazer uma abordagem sobre o papel do TCE/BA, a professora Cristiane Vasconcelos, servidora da instituição, lembrou que é dever de todo cidadão cobrar que as instituições cumpram a sua função social. Ela fez questão de ressaltar o papel pedagógico da Corte de Contas baiana, voltado para a orientação de gestores, agentes públicos e da sociedade em geral, com foco no estímulo ao controle social. “O Tribunal tem se empenhado em orientar os gestores públicos e a sociedade para que fiscalizem os recursos públicos. Sobre esse aspecto, é fundamental que a comunidade estudantil esteja envolvida porque, por meio da educação, podemos convocar os cidadãos a participar mais intensamente do controle social. Este jogo educativo tem também essa função”, ressaltou a educadora.

A doutoranda Carla Aragão, que realiza pesquisa sobre educação de práticas em redes sociais, também participou da vivência com o Você Gestor no Thales de Azevedo. Ela abordou o fenômeno da gameficação no processo de aprendizagem, destacando que o jogo físico pode conviver muito bem com um aplicativo (App) do mesmo jogo. “Quando o TCE se conecta com as linguagens que fazem sentido para os estudantes e gamefica, no jogo físico ou no App, um processo de aprendizagem para o controle social, ele se aproxima da perspectiva de estimular que o cidadão faça o controle, entenda sobre o funcionamento da instituição a partir do modo de o jovem entender a vida. Gameficar torna mais atraente. Com o jogo, o jovem é provocado a atuar”, concluiu Carla Aragão.

Ascom TCE-BA