A unidade móvel do Laboratório para Análise de Obras Rodoviárias do Tribunal de Contas de Santa Catarina estará até esta sexta-feira (20/9) em trecho da SC-390, no município de Lages. Um auditoria-piloto será realizada no local para treinamento de auditores fiscais de controle externo da Coordenadoria de Obras e Serviços de Engenharia da Diretoria de Licitações e Contratações (DLC) que utilizarão as novas ferramentas voltadas à fiscalização de obras rodoviárias.
Os trabalhos consistirão na coleta de amostras da pavimentação da rodovia. A partir do dia 30 de setembro, o material passará por ensaios na recém-inaugurada estrutura física localizada na sede do TCE/SC, em Florianópolis, atividade que também faz parte da capacitação. Estarão em análise a espessura e composição do revestimento, a qualidade dos materiais utilizados na base e nas camadas inferiores, e as condições do solo (Saiba mais 1 e 2). O objetivo é verificar se a obra está sendo executada de acordo com o contratado pelo Governo do Estado.
De acordo com o coordenador de Obras e Serviços de Engenharia da DLC, engenheiro Rogério Loch, com as amostras, a equipe do TCE/SC conseguirá analisar o teor de cimento asfáltico de petróleo real utilizado na mistura e da umidade dos materiais, a quantidade e a qualidade dos ligantes empregados, o peso específico teórico de misturas betuminosas, a preparação e compactação da mistura asfáltica a quente, a aplicação dos agregados — como pedra britada, cascalho, areias — e suas proporções.
Loch acrescentou que, no laboratório, também serão simulados os parâmetros que os materiais devem atingir em campo, por meio da compactação com rolos; avaliadas as características mecânicas de amostras de solo, para determinar a quantidade ótima de ligante a ser utilizada nas misturas asfálticas; e apurado se os volumes escavados pagos estão em consonância com o que foi realmente executado. “Os resultados das análises servirão de ferramenta para a elaboração dos relatórios técnicos que compõem os processos de auditoria”, explicou.
Segundo o supervisor do Laboratório, vice-presidente Herneus De Nadal, após a execução da auditoria-piloto, o Tribunal de Contas definirá, por amostragem, os próximos roteiros, com base em critérios de risco, relevância, materialidade e oportunidade. Serão contempladas rodovias estaduais e municipais de todas as regiões do Estado.
No dia 12 de setembro, durante a apresentação da nova estrutura e da unidade móvel, o presidente do órgão de controle externo, conselheiro Adircélio de Moraes Ferreira Júnior, salientou que, dependendo das conclusões das auditorias, o TCE/SC poderá determinar a interrupção das obras, a sustação dos pagamentos ou a sua delimitação ao que realmente foi executado. Ele acredita que a iniciativa também induzirá o aprimoramento do gasto público e a melhoria da qualidade do asfalto das obras rodoviárias, em favor da correta aplicação dos recursos e da segurança dos usuários (Mais informações, em notícia, vídeo e áudio).
De acordo com a DLC, foram investidos R$ 890 mil na construção da estrutura física, na aquisição do veículo e dos equipamentos e na contratação de um laboratorista.
Crédito da foto: Douglas Santos (ACOM- TCE/SC).
Saiba mais 1: Equipamentos adquiridos e para que servem
– Sonda rotativa: extrai amostras indeformadas dos revestimentos asfálticos após a compactação, o que viabiliza a obtenção da espessura da camada in loco, além de servir como base para outros diversos ensaios em laboratório;
– Forno NCAT (Nacional Center for Asphalt Technology): possibilita, com elevado grau de precisão e automação, após o trabalho da amostra coletada in loco, a obtenção do teor de cimento asfáltico de petróleo (CAP) real utilizado na mistura. – Viscosímetro Sayboltfurol: permite analisar a qualidade dos ligantes empregados na obra; – Aparelho de Casagrande + Kit de Plasticidade: permitem a obtenção dos limites de Atterberg, que são fundamentais para classificação do solo e aferição das suas possibilidades executivas em obras rodoviárias; – Medidor de Umidade Speedy: possibilita análise in loco do teor de umidade que os materiais são trabalhados; – Kit Frasco de Areia: possibilita a obtenção da densidade in situ, parâmetro utilizado nas conversões entre os volumes escavados x medidos; – Jogo de Peneiras e Agitador de Peneiras: permite apreciar qual a faixa ideal de aplicação dos agregados, com suas proporções, além de analisar se o traço executado está dentro das especificações técnicas; – Misturador Planetário: permite projetar o traço ideal da massa asfáltica, a partir das amostras dos materiais da obra; – Compactador automático CBR: permite simular em laboratório os parâmetros que os materiais devem atingir em campo por meio da compactação com rolos; – Rice Test para misturas betuminosas: permite determinar o máximo peso específico teórico de misturas betuminosas; – Compactador Marshall: permite preparar e compactar os corpos de prova cilíndricos de mistura asfáltica a quente; – Prensa CBR/Marshall: permite avaliar as características mecânicas de uma amostra de solo, bem como determinar a quantidade ótima de ligante a ser utilizada nas misturas asfálticas, por meio de ensaios de compressão (estabilidade), fluência e tração diametral. |
Fonte: Coordenadoria de Obras e Serviços de Engenharia da DLC.
Saiba mais 2: Tipos de análises que serão feitas
– Obtenção do teor de Cimento Asfáltico de Petróleo (CAP) real utilizado na mistura;
– Qualidade dos ligantes empregados; – Classificação do solo e aferição das suas possibilidades executivas em obras rodoviárias; – Teor de umidade que os materiais são trabalhados; – Obtenção da densidade in situ, parâmetro utilizado nas conversões entre os volumes escavados x medidos; – Faixa ideal de aplicação dos agregados, com suas proporções, além de analisar se o traço executado está dentro das especificações técnicas; – Projeção do traço ideal da massa asfáltica para contestar ou não o material aplicado na obra; – Simulação em laboratório dos parâmetros que os materiais devem atingir em campo por meio da compactação com rolos; – Determinação do máximo peso específico teórico de misturas betuminosas; – Preparação e compactação de corpos de prova cilíndricos de mistura asfáltica a quente; – Avaliação das características mecânicas de uma amostra de solo, para determinar a quantidade ótima de ligante a ser utilizada nas misturas asfálticas, por meio de ensaios de compressão (estabilidade), fluência e tração diametral. |
Fonte: Coordenadoria de Obras e Serviços de Engenharia da DLC.
Saiba mais 3: A equipe
Denise Regina Struecker (diretora da DLC)
Rogério Loch (coordenador de Obras e Serviços de engenharia da DLC) Rodrigo Luz Gloria (responsável pelo Laboratório) Marivalda May Michles Steiner Marcos Bastos Gabriel Carvalho Felipe Sales Luan Barbosa Santos (laboratorista) Daniela Ortilina Inácio (estagiária) |
Acompanhe o TCE/SC:
www.tce.sc.gov.br — Notícias — Rádio TCE/SC
Twitter: @TCE_SC Youtube: Tribunal de Contas SC WhatsApp: (48) 99113-2308 Instagram: tce_sc |
Este conteúdo está disponível em: http://www.tce.sc.gov.br/