Pesquisa de Clima Organizacional é apresentada aos servidores do TCE-BA

Servidores do Tribunal de Contas do Estado da Bahia conheceram, dia 15.10, o resultado da Pesquisa de Clima Organizacional realizada nos últimos cinco meses pela Quântica – Consultoria Organizacional. Na oportunidade, o consultor Ney Pereira Ville fez a análise da Estrutura Organizacional e apresentou o diagnóstico do Modelo de Gestão de Pessoas, ambos voltados para a Atividade Auditorial. A pesquisa forneceu 596 senhas e contou com 353 respondentes, o que corresponde a 59,23% de participação.

O levantamento aponta, em linhas gerais, que o TCE necessita de uma diretriz estratégica que aponte para um modelo de gestão voltado para resultados, o que pressupõe uma mudança profunda de cultura da Casa. Dentre os fatores que tiveram um maior nível de concordância dos respondentes está a imagem institucional do TCE. A maior parte considera que o Tribunal é um bom lugar para trabalhar, que atua em conformidade com preceitos éticos, têm orgulho em trabalhar no TCE e clareza sobre a missão institucional da Corte de Contas.

Por outro lado, o levantamento mostra um alto nível de discordância em diversos aspectos, a exemplo do item planejamento do trabalho. Há, segundo a percepção da consultoria, uma dissociação entre o plano de trabalho e o resultado efetivo. A atuação das chefias, o pouco entrosamento entre as unidades organizacionais e a possibilidade de ascensão profissional foram outros pontos críticos destacados.

De acordo com o levantamento, “os resultados demonstram que os servidores discordam dos critérios de escolha das chefias, do processo de planejamento do trabalho, da dinâmica do trabalho e da ascensão profissional, mas, ainda assim, avaliam positivamente as chefias”. Sobre esta percepção, Ruy Ville salienta que a avaliação de desempenho deve sair do aspecto comportamental e dirigir o foco para a cobrança de resultados.

A máxima deixada pelo disgnóstico revela que toda e qualquer instituição, seja ela pública ou privada, necessita de um modelo de gestão de pessoas que norteie suas atividades. No entanto, apenas um regulamento preconcebido não é capaz de definir uma governança que garanta a melhoria do clima organizacional e a produtividade dos colaboradores. É preciso, porém, que cada servidor esteja consciente do seu papel para atingir os melhores objetivos.

DEPOIMENTOS

“O ponto mais crítico é a falta de uma gestão que tenha foco nos resultados. É uma questão de cultura da organização. O sistema que vocês possuem aqui na área de controle externo é muito avançado, mas vemos um problema cultural que impacta na produtividade”

Ney Pereira Ville, consultor da Quântica – Consultoria Organizacional

“De tudo o que foi dito aqui hoje, palavra por palavra, os servidores da Casa têm consciência. O que nos cabe agora e encarar os desafios e mudar para uma nova cultura de resultados. Precisamos mudar a nossa sistemática de produtividade. Temos pessoal, disponibilidade orçamentária, mas só veremos a mudança se cada um se conscientizar de que é preciso transformar essa realidade”.

Paulo Rocha, superintendente técnico do TCE

 

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