Pesquisa revela percepção dos servidores do TCE-RS sobre experiência com teletrabalho

A Direção Administrativa do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul (TCE-RS), por meio da Supervisão de Gestão de Pessoas (SGP), realizou pesquisa com membros, servidores e estagiários do TCE-RS, entre os dias 28 de julho e 7 de agosto, buscando identificar a percepção dos entrevistados em relação ao trabalho remoto, bem como as suas realidades de adaptação, as dificuldades encontradas, os reflexos na produtividade e os avanços obtidos.

De acordo com a diretora Administrativa do Tribunal, Renata Agra Balbueno, os resultados da pesquisa, que contou com a participação de 75% dos colegas, surpreenderam positivamente pois, embora haja ansiedade e preocupação entre os pesquisados, a maioria se mostra otimista e esperançosa quanto à superação do momento pandêmico: “Imaginávamos que a condição de teletrabalho imposta pelas medidas de isolamento social traria alto grau de dificuldade de adaptabilidade e de frustração entre os entrevistados . Mas os números revelam que, ainda que a maioria dos colegas não atuasse em teletrabalho antes da pandemia, houve boa adaptação à nova condição. Expressivamente, os sentimentos positivos parecem maiores do que os negativos”, avalia Renata.

Outro fator apontado como positivo pelos servidores é a possibilidade de poderem gerenciar o tempo dedicado à realização das tarefas laborais: “No geral, os colegas declararam ter boa capacidade de adequação ao teletrabalho e estar conseguindo cumprir suas tarefas de forma mais qualificada e com maior produtividade em relação ao trabalho presencial. Houve alto índice de manifestação de interesse em continuar trabalhando de forma remota, mesmo após a superação da pandemia e do período de isolamento social decretado no Estado”, disse.

No entanto, ressalta Renata, foram feitas referências negativas ao ambiente residencial (considerado, por muitos, como inadequado para a execução do teletrabalho, especialmente com relação ao mobiliário) e à dificuldade de gerenciar de forma produtiva o trabalho com os arranjos da vida doméstica.

A diretora Administrativa conta que os resultados permitem o cruzamento de informações capazes de subsidiar a adoção de novos métodos e rotinas de trabalho durante e no pós-pandemia.

Foram identificadas oportunidades de melhoria em relação às principais dificuldades apontadas pelos servidores em teletrabalho, como a indisponibilidade do acesso remoto à rede e aos sistemas do Tribunal. Houve, também, relatos de males físicos e psicológicos advindos do confinamento por longo período. Por conta disso, a SGP, por meio do serviço de Educação Física do Serviço de Perícias Médicas (SPM) do TCE-RS, passou a intensificar intervenções de ginástica laboral online nas reuniões de equipe, com propostas de atividades preparatórias, compensatórias, recreativas e de relaxamento. Um dado inusitado e bastante relevante apontado pela pesquisa foi a autoclassificação dos servidores com relação à raça e gênero. Este levantamento teve, como objetivo, fazer um primeiro mapeamento da distribuição da diversidade de raça e gênero na composição da força de trabalho do TCE, bem como das desigualdades decorrentes das dinâmicas sociais envolvidas. Pela primeira vez, essa questão foi abordada numa pesquisa entre os servidores: “Trata-se de uma novidade no TCE, que causou algum estranhamento e questionamentos dos servidores. Mas essas informações são muito ricas para a gestão de pessoas e pretendemos continuar abordando-as em futuras pesquisas. Elas mostram as desigualdades e as desproporções na composição da força de trabalho e na ocupação de espaços de poder e decisão, segundo a raça e o gênero das pessoas, no âmbito do Tribunal de Contas comparado ao perfil populacional do nosso Estado identificado pelo IBGE”, explica Renata.

Acesse a íntegra dos resultados da pesquisa aqui.


Pesquisa do TCE-RS demonstra valorização interna do MMD-TC e necessidade de aprimorar indicadores

Entre 13 e 18 de agosto, a Assessoria de Gestão e Controle Interno (AGCI) do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul (TCE-RS) solicitou, aos servidores e membros do TCE, participação em pesquisa que buscava contribuir para o aprimoramento do Marco de Medição de Desempenho dos Tribunais de Contas (MMD-TC).

Entre os participantes que conheciam o MMD-TC, 94% concordaram, total ou parcialmente, que a ferramenta tem contribuído para o aprimoramento do TCE-RS, e 73% acham importante que o Tribunal utilize o resultado do Marco de Medição como diagnóstico para a implementação de um plano de melhorias na Instituição.

Os resultados da pesquisa, entretanto, também mostraram que, dos 275 respondentes, 41% não conheciam o MMD-TC, o que indica a necessidade de maior divulgação do instrumento. Além disso, 52% dos que conheciam o Marco de Medição desconheciam o resultado da última avaliação, ocorrida em 2019.

Nas respostas descritivas, as sugestões que mais se repetiram foram sobre a necessidade de aprimorar e simplificar os indicadores, priorizando os mais relevantes e que tenham maior impacto para a efetividade do controle externo.

A pesquisa interna serviu para embasar a resposta de um questionário sobre o MMD-TC, enviado a Atricon no dia 20/08, e também servirá como subsidio para definição de diretrizes de utilização interna do instrumento.

Acesse a íntegra dos resultados da pesquisa aqui.

O que é o MMD-TC?

É um instrumento de avaliação composto por 25 indicadores que tem como objetivo verificar o desempenho dos Tribunais de Contas em comparação com as boas práticas internacionais e as diretrizes estabelecidas pela Atricon (Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil). A aplicação é realizada de forma bianual desde 2014.

Os 25 indicadores estão divididos em 6 temas:

  • Independência e Marco Legal;
  • Governança Interna;
  • Fiscalização e Auditoria;
  • Fiscalização da Infraestrutura e Meio Ambiente; e,
  • Fiscalização de Políticas Públicas e Sociais; Fiscalização e Auditoria de Gestão Fiscal, Transparência, Controle Interno e Tecnologia da Informação.

Resultados do TCE-RS no MMD-TC em 2019

Na última avaliação, realizada em 2019, o TCE gaúcho alcançou o nível de excelência em dois indicadores. No indicador Estratégia (QATC 03), que avalia o processo de planejamento estratégico, do monitoramento, da gestão da tecnologia da informação e da Segurança da Informação, o TCE-RS alcançou o nível de desempenho máximo (4). O mesmo ocorreu para o indicador Informações Estratégicas para o Controle Externo (QATC 15), que avalia o marco legal, a infraestrutura, o processo e a utilização das informações estratégicas produzidas pelo Tribunal.

Além disso, foram identificadas as seguintes boas práticas:

  1. Consolidação, compilação e versionamento das normativas do TC;
  2. Consulta à legislação municipal com sistema de alertas;
  3. Sistema de licitações e contratos – LicitaCon matriz de risco com sistema de alerta;
  4. Espaço do controle interno – sistema de comunicação e de troca de informações com os agentes de controle interno;
  5. Alertas sobre irregularidades nos portais de transparência via sistema (ênfase no procedimento adotado).

Quanto aos pontos fracos, a Atricon destacou que existem oportunidades de melhoria em indicadores como Controle e Garantia da Qualidade de Fiscalização e Auditorias e Auditoria Financeira.

A avaliação completa encontra-se disponível clicando aqui.

Assessoria de Comunicação Social – TCE-RS