O presidente da Federação Nacional das Entidades dos Servidores de Tribunais de Contas do Brasil (Fenastc), auditor Amauri Perusso, encaminhou comunicado ao presidente da Associação dos Membros de Tribunais de Contas do Brasil (Atricon), conselheiro Antonio Joaquim, manifestando concordância com a firme posição do dirigente em resposta às propostas do senador Fernando Collor Mello (PTB-AL), que quer restringir a atuação fiscalizatória do Tribunal de Contas da União sob a justificativa de que a fiscalização atrasa obras, assim como quer instituir punição aos auditores que atuarem em processos que resultem em paralisação de obras por indícios de irregularidades.
“Manifesto, em nome da Fenastc, inteira concordância com a frase “o que encarece e atrasa as obras é a corrupção e não a fiscalização”, assinalou Perusso, referindo-se à declaração do conselheiro Antonio Joaquim. “Nossa entidade fará manifesto defendendo a ampliação da atuação do controle externo e da maior transparência da administração pública. Engana-se quem acredita que o momento atual autoriza posicionamentos políticos como esses que propõem o Senador Collor”, acrescentou ainda o presidente.
Assim como o conselheiro Antonio Joaquim, o auditor Amauri Perusso considerou as propostas do senador como uma tentativa de intimidar auditores e de retirar instrumentos de atuação do TCU em defesa do erário e da sociedade – no caso, retirar o poder de cautela para suspender obras com indícios de irregularidades ou vícios.