O ex-presidente da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon), conselheiro Salomão Ribas Júnior, foi eleito presidente do Tribunal de Contas de Santa Catarina para o biênio 2013/2014. A votação ocorreu na segunda-feira, 17/12, em sessão extraordinária. Também foram eleitos vice-presidente e corregedor geral os conselheiros Luiz Roberto Herbst e César Fontes. A posse está marcada para o dia 01 de fevereiro de 2013.
O presidente da Atricon, conselheiro Antonio Joaquim, disse que tanto a entidade quanto o Sistema Nacional de Controle Externo devem muito ao conselheiro Salomão Ribas, que sempre dedicou esforços para a organização e o aperfeiçoamento dos Tribunais de Contas, seja na Presidência do Instituto Rui Barbosa, entidade de estudo e pesquisas, seja na direção da própria Atricon. “Temos a obrigação e o compromisso de apoiar e contribuir com a sua gestão em quaisquer necessidades, se bem que o TCE-SC sempre foi uma das instituições modelo para as demais e Salomão um dos mais destacados e competentes conselheiros do Brasil”, afirmou.
Entre as prioridades de sua gestão, o conselheiro Salomão Ribas destacou, logo após a eleição, que vai intensificar a aproximação do TCE-SC com o cidadão comum e a parceria com instituições que podem ajudar no combate ao desperdício do dinheiro público e à corrupção, entre elas a imprensa.
O conselheiro Salomão Ribas Júnior tem 67 anos e é natural de Caçador, Santa Catarina. Formado em Direito, foi bancário, jornalista e radialista. Também foi secretário de Estado da Educação, da Casa Civil, da Imprensa, da Cultura, Esporte e Turismo, e da Saúde e Promoção Social. Foi deputado estadual por dois mandatos. É membro titular da Cadeira nº 38 da Academia Catarinense de Letras, sócio benemérito do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina. Ingressou no TCE-SC em 28 de agosto de 1990. Foi presidente em 1995, 1996, 1999, 2000 e nas gestões 2001/2003 e 2003/2005. Será, portanto, a sétima vez em que ocupará o cargo. Foi também vice-presidente em 1991 e 1992. Como conselheiro, foi presidente do Instituto Rui Barbosa (IRB) e da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon).
Veja, a seguir, trechos de entrevista concedida para o Programa de Rádio do TCE-SC:
Sobre ações a serem realizadas
“O Tribunal de Contas, creio eu, já tem lançadas as bases do seu trabalho há algum tempo. A ideia de revermos o planejamento estratégico, cujo último período encerra em 2012, para um conjunto de ações de 2013 a 2016, é muito importante. Com base nesse planejamento estratégico, nós precisamos criar algumas metas capazes de mensurar o trabalho do Tribunal. Isso tem consequência sobre o conjunto de auditorias a ser realizado durante um determinado período, um ano provavelmente. Mas é preciso que essas auditorias guardem ligação, façam um ‘link’ adequado com as metas do planejamento estratégico”.
Sobre relacionamento com a sociedade
“No conjunto, nós temos que abrir um pouco mais, como já vinha sendo feito, para a participação da sociedade nas sugestões e ideias a serem desenvolvidas pelo Tribunal de Contas. Nós precisamos estabelecer uma relação mais íntima com a mídia, considerando a importância do jornalismo investigativo no combate à corrupção. Não pode mais haver essa distância. Claro, cada um tem o seu papel. Mas é preciso que se estabeleça um mecanismo de troca de ideias e de cooperação, até para apoiar mais esse jornalismo investigativo que ganha um lugar destacadíssimo no cenário brasileiro”.
Sobre parcerias estratégicas
“Da mesma maneira, nós não podemos deixar as forças do mercado, como a Federação das Indústrias, a Federação do Comércio, inteiramente alheias ao trabalho do Tribunal. É preciso que haja uma aproximação. Da mesma maneira, o Tribunal não pode ficar distante do Poder Legislativo Estadual e dos Poderes Legislativos Municipais. E precisa acentuar sua colaboração com os outros órgãos da sociedade civil organizada, como é o caso da Ordem dos Advogados, dos conselhos regionais de Economia, Administração e Contabilidade. Enfim, essas instituições podem dar uma contribuição grande ao melhor desempenho do Tribunal de Contas no combate ao desperdício, na verificação da regularidade da aplicação do dinheiro e no combate à corrupção”.
Fonte: Assessoria da Atricon com Assessoria do TCE-SC