Sebrae acredita no protagonismo dos municípios para superar crise

Foto: Thiago Bergamasco/TCE-MT
Foto: Thiago Bergamasco/TCE-MT

Gerente de Unidade de Políticas Públicas e Desenvolvimento Territorial do Sebrae, Bruno Quick foi um dos palestrantes do 3º dia do V Encontro Nacional dos Tribunais de Contas. Ao discorrer sobre “Protagonismo e governança local como base para o desenvolvimento”, o conferencista afirmou que há uma crença muito forte na instituição que ele representa de que a solução para um novo modelo de país está na capacidade de organização dos territórios de traduzirem suas necessidades ao Estado, que por sua vez deve formular políticas públicas para atender essas necessidades.

Como territórios, Bruno Quick define o conjunto de municípios de uma mesma região, de mesmo clima, vocação econômica e cultura. Ele avalia que nesse momento desafiador, de crise, esses municípios devem se integrar e trabalhar juntos, de forma organizada. Uma alternativa são os consórcios, como hoje já existem na área de saúde e de resíduos sólidos. Bruno Quick sugere que os municípios formem consórcios de desenvolvimento e encontrem soluções para os problemas comuns. “É nos municípios, onde se mora, onde se trabalha, onde se compra, onde se vende, onde se faz lazer, onde ocorre a ação humana, que o desenvolvimento econômico vai acontecer”, destacou o representante do Sebrae.

Bruno Quick avalia que o Brasil tem um potencial enorme para se desenvolver, tem um conjunto expressivo de instituições, e que não faltam ao país recursos nem conhecimento. O que falta, na avaliação dele, é colaboração organizada, o que costuma se chamar de governança. Ele acredita que é preciso trazer os líderes políticos para serem os guardiões desse processo. “Porque o Brasil infelizmente é o país da descontinuidade, termina um mandato, termina um projeto. Nós temos que nos libertar desse passado. Hoje, administradores públicos têm que gerenciar projetos de cidade, projetos de região, nós não podemos mais viver o personalismo de um salvador da Pátria”, argumenta.