TCE-GO utiliza robô para buscar irregularidades em licitações

Alice faz leitura automatizada dos documentos e aponta indícios de falhas

Os editais de licitação da Administração Pública serão lidos rapidamente pelo TCE-GO com a chegada de Alice. O sistema de Análise de Licitações e Editais vai verificar os documentos com o objetivo de encontrar inconsistências e inícios de irregularidades. A proposta da Secretaria de Controle Externo do Tribunal é utilizar Alice para analisar, em tempo real, todas as licitações publicadas no Diário Oficial do Estado.

Criada pela Controladoria-Geral da União (CGU) em 2015, em seguida utilizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), Alice é capaz de cruzar dados e verificar, por exemplo, se um edital exige do fornecedor documentos desnecessários ou se as empresas concorrentes têm sócios em comum. Automatizada, a robô vai poupar o trabalho mecânico de vários servidores, que poderão ser locados em outras atividades de auditoria.

Segundo o chefe do Serviço de Informações Estratégicas do TCE-GO, Maurício Barros de Jesus, a ferramenta está sendo aprimorada com a contribuição de todos os TCs do Brasil, por meio da rede InfoContas, criada pela Atricon. “O desenvolvimento de soluções em rede tem como vantagens a otimização de esforços, redução dos custos e o compartilhamento das experiências entre os TCs, permitindo uma ação de controle a nível nacional, sem a necessidade de que cada Tribunal desenvolva sua própria solução”

O insumo primordial para a utilização da robô Alice é o acesso às bases de dados de licitações de todos os Jurisdicionados, contemplando, por exemplo, os editais, os participantes da licitação, os vencedores, os valores dos itens, dentre outras informações.

Prevista no Plano Diretor para o biênio 2019-2020, Alice está em fase de implementação e deve ser operacionalizado em outubro deste ano. “Alice será capaz de ler 100% dos editais. Com ela, conseguiremos priorizar documentos com maiores indícios de irregularidades. Como é fruto de contribuições a nível nacional, não gerou custos para o Tribunal”, explicou Maurício.

Diretoria de Comunicação Social