A articulação interinstitucional, o planejamento de ações e o regime de colaboração entre as esferas de governo foram alguns dos temas abordados pelo Diálogos sobre a importância da Busca Ativa Escolar, realizado na manhã desta sexta-feira (27), com a participação do Comitê Técnico da Educação do Instituto de Educação (CTE-IRB). A atividade foi promovida pelo Centro de Apoio Operacional Infância, Juventude, Educação, Família e Sucessões (Caoijefam) do Ministério Público do Rio Grande do Sul em parceria com o UNICEF e a Undime.
Durante o debate, a presidente estadual da Undime (RS) e secretária de Educação de Novo Hamburgo (RS), Maristela Guasselli, destacou as iniciativas adotadas pelo Município para resgatar o vínculo rompido entre as escolas e os estudantes, principalmente durante a pandemia. “O nosso grande desafio não é apenas trazer o aluno de volta à escola, mas garantir a sua permanência no ambiente de ensino. Esse processo envolve diretores, professores, coordenadores pedagógicos, conselhos e instituições como os Tribunais de Contas e o Ministério Público”, disse.
Para o chefe de Educação do Unicef Brasil, Ítalo Dutra “as crianças e adolescente que estão fora da escola estão tendo um conjunto de direitos violados. Para que eles retornem, não basta apenas a matrícula, pois as causas do abandono e da evasão escolares são multisetoriais. Os problemas vão desde a perda do interesse pela escola até situações de caráter social e econômico”, enfatizou.
O presidente do CTE-IRB, Cezar Miola, destacou que os desafios são molas propulsoras que alimentam a esperança e a indignação. “Nossas responsabilidades não nos permitem circular apenas no plexo das atribuições previstas legalmente. É preciso buscar resultados por meio da articulação e da cooperação entre os diferentes setores que se dedicam a reverter esse quadro do abandono e da evasão escolares. A forma mais efetiva de enfrentar esse problema é atuar de forma preventiva e continuada, evitando que o aluno se afaste do ambiente escolar”, disse.
Na oportunidade, Cezar Miola também apresentou alguns dos projetos desenvolvidos pelo CTE-IRB, como a parceria com a Undime e o Unicef que resultou no lançamento da cartilha Todos na Escola, a formação dos Gabinetes de Articulação para Enfrentamento da Pandemia da Educação (Gaepes) e o estudo “A educação não pode esperar: boas práticas no ensino fundamental”, elaborado em conjunto com o Iede. O levantamento reconheceu 118 redes de ensino e revela as seis práticas mais comuns adotadas por elas para alcançar bons resultados.
Também participaram dos diálogos, a secretária de Educação do Estado (RS), Raquel Teixeira, o vice-presidente da Undime, Marcelo Ferreira da Costa, a diretora do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional do MP-RS, promotora de Justiça Martha Silva Beltrame, e a coordenadora do Caoijefam, promotora de Justiça Luciana Cano Casarotto.
Assista os debates em: https://www.youtube.com/watch?v=DU6zQlzjh2w.