Instituições ligadas à área da educação no Brasil enviaram uma carta conjunta ao MEC pedindo mudanças na formação inicial de professores no país, tanto nas redes públicas quanto privadas de ensino, que são responsáveis pela contratação e gestão de mais de 2 milhões e 400 mil docentes no país.
A carta expressa preocupações com o aumento de cursos a distância na formação de professores; a baixa qualidade dos cursos em geral e as altas taxas de evasão, especialmente em áreas de exatas como física, matemática e química. Em 2022, 6 em cada 10 alunos que concluíram os cursos de formação inicial de professores no Brasil o fizeram na modalidade de Ensino a Distância, o que representa 65% do total. Já na última avaliação do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes, em 2021, a média nacional na nota geral de todos os cursos de formação de professores avaliados ficou abaixo de 50, numa escala de 0 a 100.
Neste ano, o Ministério da Educação lançou um Grupo de Trabalho para discutir a formação de professores, iniciativa que foi reconhecida positivamente pelas entidades signatárias da carta. Assinaram o documento representantes do Conselho Nacional de Secretários de Educação, do Conselho Municipal de Secretários de Educação das Capitais, da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, da Frente Parlamentar Mista da Educação, da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil e da organização Todos Pela Educação.