Qual o melhor canal para lançar determinada campanha? Por que analisar dados referentes à comunicação? Quantas decisões relacionadas à comunicação são tomadas com base em dados? Esses e outros questionamentos foram levantados na oficina “A importância da análise de dados na comunicação pública”, que encerrou o primeiro dia do II Congresso Nacional de Comunicação dos Tribunais de Contas (II CNCTC).
A responsável pela oficina foi a consultora de inteligência de negócios, mentora de desenvolvimento profissional, professora e palestrante Daniela Senador. Ela é mestre em Ciência da Comunicação, com MBA Executivo em Gestão Estratégica e Econômica para Negócios.
Em sua apresentação, Senador ressaltou a importância de se analisar as informações referentes à comunicação – sejam elas número de acessos num site, engajamento em redes sociais ou outros.
“No universo digital tudo pode ser mensurado. Se as mídias tracionais nos davam hipóteses sobre o público, o universo digital nos dá dados precisos sobre os usuários”, explicou. “O ponto principal”, acrescentou a palestrante, “é fazer as perguntas corretas. Saber o que vai ser mensurado para não se perder entre as inúmeras possibilidades”.
Humanas x Exatas
Para Daniela Senador, atualmente é impensável a falta de relação entre as áreas de Humanas e Exatas. “Esse negócio de que Humanas não dialoga com Exatas não existe mais. Precisamos abraçar os números. Não podemos trabalhar com achismo, mas criar hipóteses a serem criadas”, ponderou.
“Decisões tomadas com base em dados facilitam a identificação de prioridades. Se você mobiliza pelos números, as pessoas prestam mais atenção. O número legitima melhor o que você quer dizer”, acrescentou.
Daniela ainda definiu as principais características para quem pretende trabalhar com análise de dados: espírito investigativo, disciplina, capacidade analítica e facilidade em trabalhar com tecnologia.
Ao final, a palestrante respondeu perguntas dos participantes na oficina e falou sobre ferramentas que auxiliam na análise de dados para a comunicação.
Inteligência artificial
Paralelamente, e também encerrando as atividades desta quinta-feira (4), a oficina “IA nas rotinas e processos de comunicação”, ministrada pelas especialistas Daniela Pereira e Dominique Thomaz, foi realizada no auditório do evento.
Daniela é diretora de estratégia digital da FSB e Dominique é estrategista digital da mesma empresa, a maior agência de comunicação corporativa da América Latina.
Durante a conversa, as palestrantes mostram exemplos do uso da Inteligência Artificial na atualidade, que causam algumas mudanças no modo de fazer comunicação. Daniela citou algumas expressões que estão se popularizando na área para abordar as situações enfrentadas, como “infoxicação” (sobrecarga de dados), “diplomacia de dados” (proteção de dados pessoais) e “privacidade de IA” (garantia da segurança dos dados).
“Cada um de nós é uma base de dados, do qual as máquinas extraem informações a todos os instantes. O desafio atual é como contar todas as informações que são guardadas para a sociedade”, afirmou Daniela.
As palestrantes também apresentaram algumas das ferramentas de IA mais usadas no mundo recentemente que, se utilizadas corretamente, podem auxiliar o profissional de comunicação na rotina da profissão.
“É preciso tomar cuidado quando disponibilizamos nossas informações e utilizamos as ferramentas na internet. Precisamos nos questionar sempre para onde vão nossos dados e quem terá acesso a eles”, alertou Monique.
II CNCTC
Mais de 400 profissionais estão em Vitória, nestes dias 4 e 5 de julho, para o II Congresso Nacional de Comunicação dos Tribunais de Contas. A edição deste ano tem como tema central o “Papel da Comunicação Pública na Defesa da Democracia”. São 12 atividades, entre paineis, palestras e oficinas, que abordam assuntos da atualidade mais importantes para uma comunicação eficiente.
O II CNCTC é uma realização do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo (TCE-ES), da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon), Instituto Rui Barbosa (IRB), Associação Brasileira dos Tribunais de Contas dos Municípios (Abracom), Conselho Nacional de Presidentes dos Tribunais de Contas (CNPTC) e Associação Nacional dos Ministros e Conselheiros Substitutos dos Tribunais de Contas (Audicon).
O evento tem o patrocínio de Banestes, Banrisul, Tribunais de Contas do Estado do Amapá, de Goiás e do Amazonas. Além disso, há apoio do Supremo Tribunal Federal (STF), por meio do Programa de Combate à Desinformação, do Governo do Estado do Espírito Santo, da Prefeitura de Vitória, da Companhia de Desenvolvimento, Turismo e Inovação de Vitória (CDTV), da Agência de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas e do Empreendedorismo (Aderes), da Asociación de Entidades Oficiales de Control Público del Mercosur (ASUR), da Associação Brasileira de Comunicação Pública (ABC Pública), da TVE-ES, da Assembleia Legislativa do Espírito Santo e dos Tribunais de Contas do Estado de Mato Grosso e Santa Catarina.
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Fonte: TCE-ES