Presidente do TCE-MT recebe Senador José Medeiros para discutir efeitos da PEC 241

O Presidente do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT)senador-e-presidente-tce-mt, Conselheiro Antonio Joaquim, recebeu em audiência o Senador José Medeiros (PSD-MT). O encontro, na tarde desta segunda-feira (10.10), teve como pauta, entre outros temas, as implicações para estados e municípios da PEC 241, que estabelecerá um teto para os gastos públicos pelas próximas duas décadas.

O Senador explicou que a conversa com o presidente da Corte de Contas contribui para subsidiá-lo nas discussões e debates no Senado, uma vez que o TCE-MT é reconhecido em todo o país como um núcleo de produção avançada de conhecimentos nas áreas de controle de gastos públicos, qualidade de gestão e de políticas públicas.

Segundo o Senador Medeiros, a audiência foi ainda uma oportunidade para conhecer a visão do Tribunal de Contas de Mato Grosso sobre a reforma do ensino médio e, principalmente, sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a prerrogativa exclusiva das Câmaras Municipais para julgarem as contas de governo e as contas de gestão dos prefeitos. A medida enfraquece a Lei da Ficha Limpa ao reduzir a competência dos Tribunais de Contas na análise das contas dos Executivos e Legislativos municipais.

O Presidente do TCE de Mato Grosso, Conselheiro Antonio Joaquim, voltou a se posicionar contra a decisão do STF, lembrando que a Atricon está preparando um recurso a ser apresentado contra a decisão do STF a fim de que seja reavaliada, uma vez que foi aprovada por diferença de apenas um voto.

Para o Senador Medeiros, o encontro com o Presidente do TCE-MT foi um importante exercício político, porque os Tribunais de Contas estão profundamente inseridos em todo o processo político, econômico e social do país, tendo muito a contribuir para o desenvolvimento dos municípios, dos estados e da nação. “A política não é estanque. Todos os poderes e instituições públicas se intercomunicam, são vasos que estão interligados. É importante que saibamos o que cada instituição pensa, como vê o cenário nacional, para que possamos fazer um debate realmente democrático, propositivo, no Senado”, finalizou.