Em menos de quatro meses, o uso de inteligência artificial pelo Tribunal de Contas de Minas Gerais conseguiu evitar mais de um bilhão de reais de prejuízo em licitações irregulares. O robô Solaris – criado pela corte mineira – deteve mais de 627 milhões de reais em contratos com vícios. Já o robô Alice – criado pelo TCU e utilizado pelo TCE de Minas – impediu mais de 400 milhões de reais de prejuízo.
Juntos, eles rastrearam cerca de dez mil licitações e encontraram possibilidade de erro em mil e quinhentas. Os auditores do TCE mineiro analisaram os resultados e confirmaram 159 irregularidades.
As prefeituras notificadas já responderam às instruções da corte de contas, procurando resolver as pendências e buscando regularizar os procedimentos de compra. No boletim que foi ao ar na Rádio Justiça, o Diretor da Central de Inteligência do TCE mineiro, Henrique Quites, fala sobre o impacto positivo da iniciativa.
O uso da inteligência artificial deve facilitar o dia a dia do auditor, que muitas vezes trabalha com uma base de dados humanamente impossível de ser analisada em tempo real. A utilização dos robôs permite uma filtragem e uma análise mais assertiva.
A IA já é uma realidade em Tribunais de Contas de todo o Brasil. O TCE de Goiás, por exemplo, colhe resultados a partir dos dados de um robô que pode ser utilizado para deslocamentos em qualquer tipo de terreno. Já na Paraíba, a plataforma Preço de Referência usa inteligência artificial para processar bilhões de cupons e notas fiscais eletrônicas no Estado e gerar cotações de preços.