Um marco na fiscalização de obras públicas na Paraíba e no combate às obras inacabadas, que representam hoje uma das principais irregularidades apontadas pelo Tribunal de Contas do Estado, quando da apreciação das contas de gestores públicos. O TCE já é vanguarda no sistema de inspeção por Geo-Referenciamento, e recentemente, quando adquiriu um drone. Agora, avança com a novidade de um drone de alta performance, com capacidade para monitorar grandes áreas e perímetros com precisão fotográfica e técnica.
Na manhã desta quinta-feira (25), auditores e técnicos do TCE estiveram com professores do Laboratório de Engenharia de Sistema – Laser, vinculado à UFPB, para conhecer um drone que vem sendo desenvolvido na Paraíba e que tem a capacidade de fornecer informações de imagens e de dados técnicos precisos sobre obras de grande porte. A experiência foi feita na extensão do Canal Acauã/Araçagi, uma obra do Governo do Estado que tem, somente de extensão 25 quilômetros, e que no final levará água da barragem de Acauã, no município de Itatuba, região agreste do Estado, para o Curimataú paraibano.
-Nos interessamos por tudo aquilo que nos traga benefícios e ajude a facilitar o trabalho do Tribunal de Contas na sua missão de fiscalizar. Já estamos na vanguarda do geo-referenciamento e sempre procurando o aperfeiçoamento. A idéia do drone especial, produzido pela UFPB nos atrai, porque, além de estarmos valorizando a academia e os profissionais da Paraíba, estaremos ampliando a tecnologia que nos permite o monitoramento permanente e mais qualidade nos dados técnicos sobre obras públicas em nosso Estado”, disse o presidente do TCE, conselheiro André Carlo Torres Pontes, ao comentar o interesse por mais esse subsídio tecnológico.
O auditor André Agra explicou que essa tecnologia, agora com a possibilidade de aquisição desse drone, quebra um paradigma na engenharia do TCE, no tocante a fiscalização regional. “Agrega valor, não só em termos de eficiência, no que diz respeito à economia da máquina pública, especificamente na redução de custo”.
O professor e engenheiro da UFPB, coordenador do Laser, Alisson Brito, a probabilidade de avanços numa parceria com o TCE é grande porque, além contribuir com a fiscalização pública, permitirá mais economia ao órgão fiscalizador, porque trará mais qualidade e custo. O auditor Júlio Uchoa, do Departamento de Engenharia do Tribunal também avalia a qualidade e o custo benefício com a utilização do drone. Ele atestou a apresentação que foi feita. “Atende muito bem às necessidades do TCE”, disse.
Apresentação – Os técnicos do TCE acompanharam a apresentação do drone na barragem de contenção das águas da Acauã, onde inicia o canal de Araçagi. O equipamento foi desenvolvido em forma de aeroplano e iniciou o trabalho com decolagem, que é feita numa superfície plana e contrária ao vento. Logo toma a altura de 90m e segue a programação previamente adaptada por automação, nesse caso, prevista para 9 km. É acoplado de câmara para fotos e filmagem. Os dados são repassados ao programa específico e adaptados tecnicamente para o georeferenciamento.
Ascom TCE – 25 10 2018