O Programa TCEndo Cidadania foi até o Espaço Criança Esperança Jaboatão (ECEJ) para apresentar a ação Escola de Cidadania para jovens de 10 a 21 anos, oriundos de escolas públicas de Jaboatão dos Guararapes. Foram duas apresentações, ministradas pela coordenadora executiva Ana Alaíde Pinheiro e a palestrante Márcia Olívia, para 70 educandos.
A ação da equipe da Escola de Contas completa 10 anos em 2014, e tem o objetivo de atingir escolas públicas e particulares do estado para conscientizar os participantes da importância do Tribunal de Contas do Estado e dos direitos e deveres do cidadão. Porém, pela primeira vez, o TCEndo foi a um projeto social.
A principal missão do evento foi atingida, pelo menos na opinião do jovem Gabriel França. O garoto se mostrou bastante interessado no assunto, ficou curioso para saber sobre a Constituição Federal e outros temas da palestra. A boa participação de Gabriel foi recompensada: ele ganhou uma cartilha do TCE e uma Constituição Federal.
“Saúde e segurança foram os temas que mais gostei na apresentação. As pessoas do poder estão esquecendo desses pontos. Vemos escolas sem estrutura, professor escrevendo em paredes… Agora sabemos como cobrar!”, comemorou o estudante de 13 anos da Escola Municipal Nova Visão.
A coordenadora pedagógica da ECEJ, Vânia Figueiredo, comemorou a participação da Escola de Contas diante dos jovens. Porém, a coordenadora revelou que as falas do TCEndo Cidadania agregou valores a si própria.
“Para as crianças e adolescentes é um momento de muito conhecimento, de diálogo, de esclarecimento, e de saber que eles podem exercer a cidadania de forma concreta, eficaz e eficiente. Como também ter conhecimento daquilo que ele não tinha. Posso falar por mim, inclusive, que aprendi algumas coisas com a palestra, como acessar o site do Tribunal de Contas, Ouvidoria, saber que o cidadão pode opinar, reclamar e fazer sugestão. O atendimento nesse sentido é super interessante”, disse Vânia, que teve o discurso reforçado pela professora de língua portuguesa do projeto social Criança Esperança, Vera Castro.
“Chamou-me a atenção quando ela falou dos direitos e deveres. Os meninos costumam esquecer que eles também têm deveres. Quando ela falou do espaço onde a gente vive, citando exemplos de como eles agem em banheiros da escola e questionando se fazem o mesmo no de casa, foi muito próximo à realidade deles. Foi bastante interessante”, contou Vera.
Os educandos visitarão o Tribunal de Contas no próximo dia 19. A extensão do encontro foi comemorada pela equipe da ECEJ.
“Eles (jovens) são carentes de tudo. Só de sair da cidade, conhecerem um órgão público, vai fazer toda diferença. Eles aqui só ‘ouviram falar’, lá vão ter um contato físico”, acrescentou Vera.