A resolução nº 83/2013, que homologa o Planejamento Estratégico do Tribunal de Contas de Santa Catarina para o quadriênio 2013-2016, será publicada na edição desta sexta-feira (8/11) do Diário Oficial Eletrônico do TCE/SC. De acordo com a norma, o plano, as ações dele decorrentes e seus resultados serão monitorados e revistos periodicamente, com o fim de identificar e antecipar estratégias e necessidades institucionais (Saiba mais 1).
Para o presidente do TCE/SC, conselheiro Salomão Ribas Junior, a homologação do documento é apenas um dos passos que conduzirão à execução do que foi planejado. “Temos desafios na comunicação do plano e de sua execução, na implementação e mensuração de indicadores, no estabelecimento e verificação do cumprimento de metas, na alocação de equipes em ações inovadoras e na avaliação dos nossos próprios resultados”, registrou Ribas Jr., na exposição de motivos do projeto de resolução, aprovado pelo Pleno no dia 30 de outubro. O processo normativo (PNO) 13/00615572, referente ao projeto, foi relatado pelo conselheiro Wilson Rogério Wan-Dall.
O plano contempla 36 iniciativas estratégicas que deverão ser executadas até o final de 2016 (Saiba mais 2). O documento foi distribuído ao público interno, na forma de cartilha. A publicação foi editada pela Assessoria de Comunicação Social, a partir de material produzido pelo consultor Miguel Rivero Neto — da VEC Capacitação Executiva, que conduziu os trabalhos de construção do plano — e o grupo de servidores que o auxiliou, formado por representantes da Diretoria de Planejamento e Atividades Especiais, da Presidência e das diretorias-gerais de Controle Externo e de Planejamento e Administração. A cartilha também está disponível no site do TCE/SC (www.tce.sc.gov.br), em Publicações do TCE – Outras Publicações (Saiba mais 3).
Além das iniciativas, que contribuem para o alcance dos objetivos estratégicos, a cartilha traz: o mapa estratégico, com a visão e os objetivos estratégicos da instituição, dispostos em quatro perspectivas (resultados, aprendizagem e crescimento, processos internos e financeira), utilizando o método BSC; os indicadores que serão usados para mensurar o alcance dos objetivos; a missão; os valores; e a representação gráfica do modelo de negócios do TCE/SC — forma com que a organização cria, entrega e captura valor, seja ele econômico, social ou outra forma de valor —, elaborado com base na metodologia Canvas (Saiba mais 4, 5 e 6).
Na exposição de motivos, Salomão Ribas Junior também fez um breve relato sobre a elaboração do planejamento 2013-2016. “A continuidade da adoção desse instrumento de gestão foi consensualmente deliberada pelo Plenário desta Casa, reunido em sessão administrativa na data de 13/12/2012, considerando os benefícios das experiências anteriores assim como a necessidade de aprimorar sua execução de forma a propiciar resultados tangíveis nos prazos estabelecidos”, disse, ao lembrar os outros dois planos estratégicos da instituição, que abrangeram os períodos de 2003 a 2007 e de 2008 a 2012.
Saiba mais 1: Acompanhamento do Plano Estratégico
O acompanhamento do plano, das ações dele decorrentes e de seus resultados deverá ser feito pelo Comitê de Planejamento Estratégico, composto pelo Gabinete da Presidência, Diretoria-Geral de Planejamento e Administração, Diretoria-Geral de Controle Externo e Diretoria de Planejamento e Projetos Especiais.
Na primeira quinzena de março de cada ano de execução do Plano, o presidente apresentará, em sessão ordinária, relatório de avaliação acerca da execução das ações contidas no Planejamento Estratégico referente ao ano anterior.
Fonte: artigo 2º, parágrafo único, e artigo 3º da resolução nº 83/2013.
Saiba mais 2: Histórico da elaboração do Plano 2013-2016
O processo de elaboração do Plano Estratégico 2013-2016 iniciou em março. Entre as ações que resultaram na definição das diretrizes estratégicas — que compreende a missão, os valores, a visão de futuro e os objetivos estratégicos — estão: a avaliação de processos de planejamentos estratégicos anteriores; a realização de análise Swot — para identificação dos pontos fortes e fracos da Instituição e das oportunidades e ameaças externas —; a definição do modelo de negócios do TCE/SC, utilizando a metodologia Canvas; e entrevistas com os conselheiros Salomão Ribas Junior, Luiz Roberto Herbst, vice-presidente, e Wilson Wan-Dall, então supervisor da Ouvidoria, o auditor Gerson dos Santos Sicca, os diretores de Planejamento e Administração (DGPA), Edison Stieven, e de Controle Externo (DGCE), Carlos Tramontin, e o chefe de gabinete da Presidência, Ricardo André Cabral Ribas.
Vale destacar também que a escolha das 36 iniciativas estratégicas foi feita após trabalho de avaliação do presidente e do grupo que auxiliou o consultor Miguel Neto na elaboração do documento, das 152 propostas apresentadas por servidores em abril. Integraram o grupo o chefe de gabinete da Presidência, Ricardo André Cabral Ribas, o diretor-geral de Planejamento e Administração (DGPA), Edison Stieven, o diretor-geral da DGCE, Carlos Tramontin, o (DPE), Raul Fernando Fernandes Teixeira, e os servidores da DPE Cláudio Cherem de Abreu e Adriana Luz. Os diretores selecionaram 102 propostas das 152 apresentadas. A partir daí, foram realizadas reuniões conduzidas pelo consultor com o presidente e o grupo de servidores que o auxilia para análise das sugestões, paralelamente às outras ações citadas, para se chegar às iniciativas estratégicas selecionadas.
Saiba mais 3: Cartilha na Internet
A publicação também está disponível no site do TCE/SC (www.tce.sc.gov.br), em Publicações do TCE – Outras Publicações.
Saiba mais 4: Diagrama de Canvas
O Business Model Canvas (modelo de negócios Canvas) é uma metodologia para facilitar a criação e a análise de modelos de negócios. O Canvas é composto por nove blocos, que, juntos, descrevem as principais partes de um negócio. São eles: estrutura de custos, recursos-chave, parceiros-chave, atividades-chave, proposta de valor, relacionamento com o cliente, segmentos de clientes, canais e fontes de receitas. Essa metodologia, co-criada por 470 profissionais de 45 países, encontra-se consolidada no livro Business Model Generation, escrito por Alexander Osterwalder e Yves Pigneur.
Fonte: Tradução livre da DPE da obra Business Model Generation, disponível em: <http://www.businessmodelgeneration.com/canvas> e informações da consultoria VEC Capacitação Executiva Ltda.
Saiba mais 5: O BSC
O Balanced Scorecard traduz a missão e a estratégia em objetivos e medidas, organizados segundo quatro perspectivas diferentes: financeira, do cliente, dos processos internos e do aprendizado e crescimento. O ‘scorecard’ cria uma estrutura, uma linguagem, para comunicar a missão e a estratégia, e utiliza indicadores para informar os funcionários sobre os vetores do sucesso atual e futuro. Ao articularem os resultados desejados pela empresa com os vetores desses resultados, os executivos esperam canalizar as energias, as habilidades e os conhecimentos específicos das pessoas na empresa inteira, para alcançar as metas de longo prazo.
Fonte: KAPLAN, Robert S.; NORTON, David P.. A estratégia em ação. 18. ed. RIO DE JANEIRO: Campus, 2007. 344p.
Saiba mais 6: Análise Swot
A palavra Swot é um acrônimo formado pelas palavras inglesas strengths (forças), weaknesses (fraquezas), opportunities (oportunidades) e threats (ameaças). Estas quatro dimensões de estudo resultam em uma lista de prós e contras que auxiliam na tomada de decisão. Consiste na análise subjetiva das capacidades internas, para identificar as forças e as fraquezas da organização, e do ambiente externo no qual atua a organização, para apontar as oportunidades e ameaças presentes.