TCE-SC recebe representante da Library of Congress e faz doação de sua revista técnica para a maior biblioteca do mundo

O Tribunal de Contas de Santa Catarina (TCE-SC) recebeu, nesta quarta-feira (11), a visita de Hanne Kristoffersen, representante, no Brasil, da Library of Congress — a Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos, que fica em Washington —, reconhecida como a maior biblioteca do mundo, tanto em espaço de armazenagem quanto em número de obras catalogadas. Ela foi recepcionada pelo presidente do Conselho Editorial da Revista do TCE-SC, conselheiro Adircélio de Moraes Ferreira Júnior — corregedor-geral —, participou do início da sessão ordinária do Pleno e conheceu a Biblioteca Conselheiro Nereu Corrêa e as exposições permanentes “Corte de Contas de Santa Catarina: origens e trajetória em 65 anos de história” e “Casa dos Contos”.

Na sessão, Hanne recebeu as três primeiras edições da Revista do TCE-SC, especializada na disseminação de produções científicas e técnicas contemporâneas, voltadas ao controle externo e ao aperfeiçoamento da gestão pública. A entrega dos exemplares — o quarto número foi enviado anteriormente para o escritório no Brasil, e as versões digitais já estão disponíveis no site da Biblioteca do Congresso — foi feita pelo presidente do TCE-SC, conselheiro Herneus João De Nadal, pela coordenadora da equipe executiva, auditora fiscal de Controle Externo Juliana Fritzen, e pelo presidente da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon), conselheiro Edilson de Sousa Silva.

Participaram, presencialmente, ainda da sessão, os conselheiros José Nei Alberton Ascari — vice-presidente — e Aderson Flores, os conselheiros substitutos Gerson dos Santos Sicca, Cleber Muniz Gavi e Sabrina Nunes Iocken, e a procuradora-geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas de Santa Catarina, Cibelly Farias. Na oportunidade, a bibliotecária também foi agraciada com o livro “Direito e(m) evolução: reflexões jurídicas sobre questões atuais”, que reúne pensamentos jurídicos contemporâneos e foi coordenada por Gilberto Lopes Teixeira, presidente do Instituto dos Advogados de Santa Catarina (IASC), por Guilherme Back Koerich e por João Paulo de Mello Filippin. O prefácio é assinado pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça Marco Aurélio Gastaldi Buzzi.

Em sua manifestação, o conselheiro Adircélio — que também é vice-presidente de Relações Internacionais da Atricon — ressaltou que a universalidade da Library of Congress está ligada à sua missão de reunir e de preservar o conhecimento em todas as áreas do saber, refletindo a vastidão do conhecimento humano. Segundo ele, essa ideia remete à história emblemática de Thomas Jefferson, terceiro presidente dos Estados Unidos, que, após o incêndio de Washington, em 1814, destruindo grande parte do acervo, vendeu sua vasta biblioteca particular, com inúmeras obras, para a Biblioteca do Congresso.

Para Adircélio, a frase de Jefferson “Não existe assunto no mundo sobre o qual um membro do Congresso não possa vir a ter a oportunidade de pesquisar” demonstra a importância de se tornar disponível, a todos, a universalidade do saber, que abraça todas as dimensões do conhecimento, reafirmando que o progresso humano está intrinsecamente ligado à educação, à liberdade de pensamento e à disseminação do conhecimento.

“Essa universalidade tem muita afinidade com a atuação do Tribunal de Contas, cuja missão transversal abrange temas diversos relacionados à gestão pública e ao controle externo”, enfatizou o conselheiro, ao salientar que “essa característica se reflete, também, na Revista do TCE-SC, que publica conteúdos que perpassam múltiplas áreas do conhecimento, buscando contribuir para o aprimoramento da administração pública e do controle social”.

A visita guiada pela historiadora Renata Juliana Fae Barp começou pela exposição “Casa dos Contos”, do Tribunal de Contas da União, que mostra um pouco da história das instituições responsáveis pelo controle de contas, iniciado em Portugal até chegar no Brasil, desde os tempos coloniais, passando pela monarquia brasileira até o aparecimento da República. Na sequência, passou pela Biblioteca Conselheiro Nereu Corrêa, onde foi recebida pela bibliotecária Silvia Maria Berte Volpato e por Rosane de Moraes Teixeira Lima.

oi finalizada na exposição “Corte de Contas de Santa Catarina: origens e trajetória em 65 anos de história”, onde foram repassadas informações sobre os principais acontecimentos que culminaram com a criação do TCE-SC, em 4 de novembro de 1955, e com o estabelecimento do controle externo da administração pública no Estado, bem como marcaram a evolução da Instituição durante mais de seis décadas.

Para contar a sua história, o Tribunal catarinense utilizou textos, áudios, vídeos e imagens em 300 metros quadrados de painéis com plotagem, em equipamentos de rádio e de televisão, em quadros e em banners que estampam as paredes e diversos espaços do piso térreo da sede. Também foi reconstituído um ambiente típico de trabalho do final da década de 1950.

Ao final da visita, a bibliotecária Hanne manifestou sua alegria em receber as publicações do Tribunal de Contas, em estreitar o contato para envio de novas obras e em visitar as exposições do TCE/SC. “Aprendi muito sobre a parte de contas e parte da história que eu não sabia”, disse, ao informar que, além do Rio de Janeiro, a Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos tem escritórios em Nova Déli (Índia), Cairo (Egito), Jacarta (Indonésia), Nairóbi (Quênia) e Islamabad (Paquistão). “Os brasilianistas têm interesse em todas as áreas”, contou.

Fotos: Maurício Vieira (Ascom-TCE-SC)