TCM-PA promove evento sobre letramento racial e inclusão no serviço público

O Tribunal de Contas dos Municípios do Pará (TCMPA) deu mais um passo importante rumo à construção de um ambiente institucional mais justo, diverso e inclusivo. Nesta quarta-feira (22), a Corte de Contas realizou sua primeira ação como signatário do Pacto pela Equidade Racial, promovendo o evento com o tema “Equidade Racial: Compromisso, Pertencimento e Transformação”.

A iniciativa teve como objetivo promover o letramento racial institucional, estimulando a reflexão, o diálogo e a transformação no ambiente de trabalho. O encontro reuniu conselheiros, conselheiros substitutos e servidores do TCMPA, além de convidados de outras instituições públicas.

Durante o encontro, a conselheira substituta Adriana Oliveira, que coordena o Comitê Interno de Prevenção e Enfrentamento do Assédio, da Discriminação e da Violência (CIPEADV), ressaltou a importância do debate e o compromisso do Tribunal com a inclusão e a diversidade no serviço público.

“Isso marca um avanço e uma percepção de que vivemos no mito da democracia racial. Mas, de fato, quando você desnuda a realidade, é uma situação de desigualdade. Então as pessoas negras precisam tomar consciência dessa condição, e as não negras precisam combater o racismo. Dentro do Tribunal há uma política de inclusão, diversidade e pertencimento, por isso essa transformação”, afirmou a conselheira.

A programação contou com a palestra da especialista em diversidade racial Daiesse Jaala, que abordou os conceitos fundamentais de equidade racial e a importância de reconhecer as estruturas étnico-raciais da sociedade brasileira para promover mudanças efetivas.

“A ideia de se conhecer sobre a história e as estruturas étnico-raciais da sociedade brasileira faz com que a gente tenha esse sentimento de pertencimento às diversas etnias e representações das pessoas. Instituições que são diversas refletirão, de maneira efetiva, a construção de políticas públicas, porque elas representam a sociedade como um todo. Ter um letramento racial é também se abrir para esse processo e ajustar aquilo que está errado e que tem distorções históricas”, destacou Daiesse Jaala.

O evento também contou com a participação de servidores da Secretaria da Fazenda do Estado do Pará (SEFA-PA), que apresentaram a experiência do Censo Racial realizado na secretaria, uma prática que será implementada no TCMPA no mês de novembro.

“Após esse momento de letramento racial, vamos fazer o primeiro censo racial da instituição. Compartilhando da boa prática da Secretaria da Fazenda, nós trouxemos essa apresentação hoje. Em novembro, mês da Consciência Negra, começaremos a divulgar esse censo através da Corregedoria e do Comitê de Assédio”, afirmou a conselheira substituta Adriana Oliveira.  

Com informações da Assessoria de Comunicação do TCM-PA