Para ajudar os 5,5 mil prefeitos empossados no dia 1º de janeiro a adotarem boas práticas na área da educação, o Comitê Técnico do Instituto Rui Barbosa (CTE-IRB) retomou o estudo “Educação que faz a diferença”, que contém uma série de experiências capazes de induzir à implementação de melhorias no ensino fundamental. O documento deverá ser encaminhado aos Municípios pelos Tribunais de Contas estaduais e municipais.
A intenção é auxiliar as novas gestões por meio da exposição de cases de sucesso na educação oferecida por Municípios brasileiros, explica o presidente do CTE-IRB, Cezar Miola. “Mostrar o que comprovadamente dá certo, além de propagar as experiências já testadas, é também uma forma de os órgãos de controle valorizarem quem se dedica a adotar boas práticas na educação básica, com zelo e competência. Aliás, a estrutura dessas redes certamente as levará a lidarem melhor com os problemas decorrentes da Covid-19, inclusive quanto ao abandono e à evasão escolar, cujo enfrentamento é um dos principais desafios neste novo ano”, disse.
O projeto “Educação que faz a diferença” foi desenvolvido pelo Instituto Rui Barbosa, através do CTE-IRB, em parceria com o Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede), contando com a participação de mais de 100 auditores de controle externo de todos os 28 Tribunais de Contas que fiscalizam a esfera local. O trabalho procurou verificar, com base em evidências e avaliações de longo prazo, se as redes municipais de ensino fundamental buscam garantir a aprendizagem dos alunos, procuram reduzir as desigualdades, desenvolvem medidas de enfrentamento ao abandono e à evasão escolar, obtêm resultados consistentes na aprendizagem ao longo dos anos e apresentam Ideb acima do esperado, considerado o nível socioeconômico dos alunos.
A pesquisa encontrou, entre as redes de ensino, práticas de sucesso comum, como a utilização de sistemas de gestão e de acompanhamento dos estudantes, suporte continuado das Secretarias de Educação (com visitas frequentes às escolas), monitoramento contínuo da aprendizagem dos alunos, oferta constante e diversificada de formação continuada aos professores e cultura de observação das aulas, com devolutivas construtivas. A íntegra do estudo pode ser acessada em: https://irbcontas.org.br/biblioteca/educacao-que-faz-a-diferenca/
Texto: Priscila Oliveira