V ENTC: Valdecir Pascoal faz balanço de 2016 e aponta desafios dos TCs

_mg_4139 Na conferência de abertura do V Encontro Nacional dos Tribunais de Contas, nesta terça-feira (22), em Cuiabá, o presidente da Atricon, Valdecir Pascoal, fez um balanço de 2016 e apontou os próximos desafios do controle externo brasileiro.

O conselheiro qualificou o ano de 2016 como “desafiador” e disse que os avanços da Atricon se deram em várias frentes. “Tivemos uma atuação destacada no Congresso Nacional, debatendo propostas de mudanças na legislação que afetam diretamente os Tribunais de Contas, como as PECs 30, 254 e o PLP 257. Fizemos audiências com algumas das maiores autoridades da República, como o presidente Michel Temer e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, sempre com uma pauta republicana em mãos”, afirmou Pascoal. Ele lembrou ainda a atuação no judiciário, protocolando ações em defesa do sistema sempre que necessário e a pesquisa feita em parceria com a CNI/Ibope, que pela primeira vez mediu o conhecimento e a avaliação da população brasileira sobre os Tribunais de Contas, entre outras medidas.

Pascoal disse que são quatro os desafios atuais dos Tribunais de Contas. “O primeiro é usar toda a nossa capacidade de trabalho garantida pela Constituição, que, como diz o ministro Ayres Britto, foi muito generosa com os Tribunais de Contas. Essa é a proposta do Programa Qualidade e Agilidade dos Tribunais de Contas”, disse o presidente da Atricon. O segundo desafio, para o conselheiro, é o de propor e debater reformas com vistas ao fortalecimento do controle externo brasileiro, _mg_6452como a criação do Conselho Nacional dos Tribunais de Contas, bandeira da Atricon desde a gestão do conselheiro Antonio Joaquim. “Aos dois primeiros desafios, devemos juntar o de nos posicionar como guardiões Lei da Ficha Limpa, tarefa que se faz ainda mais importante após a recente decisão do STF de retirar dos TCs a competência para julgamento de contas de gestão, decisão que trabalharemos para reverter. O último, mas não menos importante, é o desafio fiscal. Nesse momento de crise, precisamos ser instituições exemplares, comprometidas não apenas com a responsabilidade fiscal dos jurisdicionados, mas também a nossa própria”. disse o presidente da Atricon.

O presidente da Atricon se disse otimista. “O Brasil tem se mostrado capaz de superar seus desafios históricos, desde a redemocratização, nos anos 80, até o acesso aos bens de consumo, em 2010, passando pela estabilização monetária e a responsabilidade fiscal. Devemos reforçar essas conquistas, desta vez acrescentando a luta pela ética e pela qualidade do gasto público”, concluiu Pascoal, que desejou um ótimo ENTC a todos os presentes.