Entidades recomendam adoção de medidas de enfrentamento à violência infantil

A Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon), o Instituto Rui Barbosa (IRB) e o Conselho Nacional de Presidentes dos Tribunais de Contas publicaram, nesta terça-feira (8), a Nota Conjunta nº 3/2025. O documento traz recomendações às Cortes de Contas sobre a atuação na prevenção e enfrentamento da violência contra crianças e adolescentes no Brasil.

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Na nota, as entidades sugerem, entre outras ações, a inclusão da temática nos planejamentos estratégicos, planos de fiscalização e pautas institucionais prioritárias dos Tribunais de Contas (TCs), além da realização de auditorias operacionais, levantamentos ou fiscalizações específicas sobre a implementação da Lei nº 13.431/2017, com foco na existência de centros integrados de atendimento, escuta especializada e fluxos intersetoriais entre saúde, assistência, segurança e justiça.

Há, ainda, a recomendação para que os TCs orientem gestores a implementarem políticas públicas efetivas de proteção à infância e adolescência, assegurando orçamento específico, governança intersetorial e sistemas de monitoramento baseados em evidências e estabeleçam cooperações com outros órgãos e redes temáticas, como Conselhos Tutelares, Ministérios Públicos, Defensorias Públicas e organizações da sociedade civil, a fim de fortalecer a atuação em rede e o acompanhamento das medidas de proteção integral.

A elaboração do documento leva em consideração a relevância e a urgência do tema da prevenção e do enfrentamento da violência contra crianças e adolescentes no Brasil, que se constitui em um grave problema social, bem como a prioridade absoluta dos direitos da criança e do adolescente, prevista no art. 227 da Constituição Federal, e a diretriz de proteção integral expressa no Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/1990).

As entidades também consideram o resultado do trabalho de fiscalização nacional que resultou no “Relatório de Levantamento Nacional: Ações e políticas públicas desenvolvidas pelos entes do Sistema de Garantias de Direitos para Crianças e Adolescentes Vítimas ou Testemunhas de Violência (SGDCA) na prevenção e no enfrentamento  da violência contra crianças e adolescentes” (“Relatório Infância Segura”). O levantamento, produzido a partir do esforço colaborativo de 20 Tribunais de Contas estaduais, concluiu que a criança e o adolescente não são prioridade absoluta no Brasil.

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