“Comunicação pública é diferente de comunicação feita por órgãos públicos.” A reflexão foi apresentada pela palestrante Aline Castro, durante o I Congresso Nacional de Comunicação dos Tribunais de Contas (I CNCTC), realizado até esta quarta-feira, 15, em Florianópolis, Santa Catarina.
A mestre em comunicação institucional mencionou duas palavras essenciais alinhadas à temática: utilidade e relevância. “A gente tem que começar do propósito”, destacou. Ela ainda apresentou os três eixos da comunicação pública estratégica: identidade (marca), cidadania (informação e acesso) e relacionamento.
Aline Castro finalizou apontando cinco erros e cinco acertos ao criar conteúdos. Entre os acertos citou: fazer parcerias, focar em mais qualidade e menos quantidade, além de mapear interesses e necessidades das pessoas.
Futuro
O publicitário Bito Teles, com 20 anos de carreira em comunicação digital, reforçou que a essência da comunicação, seja no analógico ou no digital, tem diferenças importantes, mas permanece a mesma e, por isso, as instituições precisam estar estruturadas e os profissionais atentos para atuar em todas as etapas.
Ele apresentou oportunidades que podem ser utilizadas pelos assessores, como é o caso do Chat GPT, contrapondo o pensamento de que a ferramenta poderia tirar o trabalho de jornalistas e produtores de conteúdos. Essa tecnologia se propõe a ser uma forma simples de conversar e obter respostas, mas, segundo o publicitário, exige que sejam feitas perguntas certas para ter eficiência.
Para Bito Teles, as publicações nas redes sociais e demais canais sempre vão representar o todo da instituição. “Eles sempre são uma parte de uma visão estratégica, de uma visão corporativa de mensagem.”
Mediação
O painel foi mediado pelo vice-presidente Executivo da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon), Edilson de Sousa Silva (TCE-RO), e pela diretora de Comunicação do TCE de Goiás, Heloisa Lima.
Ao fim das apresentações, o conselheiro frisou: “o destinatário da nossa comunicação, daquilo que se quer dialogar, precisa entender que ele é o foco de tudo, é o centro da atenção”, o que foi reforçado por Heloisa Lima: “É falar menos sobre nós e mais sobre o que faça sentido para o cidadão.”