O poder público tem a obrigação de gastar recursos com a educação política do cidadão, ensinando principalmente como funciona o Estado, como são elaboradas as leis orçamentárias, como os recursos devem ser gastos e de que forma é possível fiscalizar o uso do dinheiro que é arrecadado com os impostos. Foi o que conselheiro Antonio Joaquim (TCE-MT), presidente da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas (Atricon), defendeu nesta quinta-feira (18) em palestra no Encontro Nacional sobre Transparência e Controle Social, evento organizado pelo Tribunal de Contas de Minas Gerais.
O dirigente afirmou, ainda, que os Tribunais de Contas são os órgãos públicos que mais têm potencial de ajudar no estímulo ao controle social, já que recebem informações periódicas de todos os órgãos públicos relacionados à movimentação financeira, gestão administrativa, contratos, patrimônio etc. “Por natureza, os Tribunais de Contas são grandes armazéns de informação e todos sabem que a informação é a matéria-prima do controle”, ele ponderou.
Mas para o presidente da Atricon, não basta fornecer informações. É preciso traduzí-las em linguagem de fácil compreensão e mostrar como elas podem ser usadas. “De que adianta a informação se o cidadão não consegue entendê-las ou não sabe como usá-las. Arealidade brasileira é muito perversa, com prevalência do analfabetismo político e da indiferença com os assuntos de interesse coletivo”, disse o presidente da Atricon.