Presidente da Atricon faz palestra em Congresso da Amupe

O presidente do TCE-PE e da Atricon, conselheiro Valdecir Pascoal, fez uma palestra nesta terça-feira (18), no Recife, para prefeitos pernambucanos, sobre o papel do Tribunal de Contas no trabalho de orientação aos gestores públicos municipais. Ele dividiu a mesa com o auditor da CGU (Controladoria Geral da União) Abelardo Lopes e com o procurador de Justiça Rinaldo Jorge Silva. Ambos palestraram sobre o mesmo tema, porém com o foco em suas respectivas instituições. A mesa foi coordenada pelo conselheiro aposentado do TCE-PE, Severino Otávio, hoje prefeito do município de Bezerros.

PROGRAMAÇÃO – O Congresso Pernambucano de Municípios foi aberto segunda-feira (17) pelo governador Eduardo Campos e se prolongará até hoje. Além de palestras, seminários e mesas redondas, também abriu espaço para apresentação de “boas práticas de gestão” nas áreas de educação, saúde, previdência, sustentabilidade, etc.

O conselheiro Valdecir Pascoal dividiu sua palestra em dois tópicos: o TCE Educador (papel pedagógico), o TCE Fiscal-Julgador.
O TCE desempenha o papel de “educador”, disse ele, quando capacita os seus jurisdicionados para cumprirem corretamente as leis do país. Esse “braço pedagógico” é a Escola de Contas Públicas Professor Barreto Guimarães, que foi instituída há mais de uma década. Além disso, crescentou, o TCE responde consultas formuladas pelos seus jurisdicionados, emite “alertas” para evitar responsabilização, expede Medidas Cautelares para fazer o controle preventivo da despesa pública e regularmente assina “Termos de Ajustamento de Gestão” mediante o qual estabelece prazo para que o gestor público cumpra determinada obrigação.

Encontra-se em estudo outro tipo de serviço que o Tribunal pretende prestar aos seus jurisdicionados, que é o programa “TCEndo Planejamento”, através do qual pretende incutir nas prefeituras a cultura do planejamento estratégico como ferramenta indispensável a uma boa gestão. “Não há nenhuma gestão de sucesso hoje no Brasil que não tenha sido fruto de um planejamento estratégico”, frisou o presidente da Atricon.

FISCALIZAÇÃO – Ao falar sobre o papel fiscalizador/julgador do Tribunal de Contas, ele disse que as principais irregularidades que ensejam rejeição de contas e inelegibilidade de gestores públicos são gastos com pessoal acima do limite estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal, má gestão dos recursos da Previdência, sobrepreço e superfaturamento em obras públicas e não aplicação dos limites constitucionais na educação e na saúde. “O dinheiro da Previdência é sagrado e o gestor deve ficar atento não só ao cumprimento dos limites legais de saúde e educação, mas também à qualidade dos serviços prestados. Os Tribunais, cada vez mais, avaliam os resultados das políticas públicas”, afirmou.

PAUTA NACIONAL  – O Presidente disse que a Atricon também estará atenta aos temas nacionais relacionados à gestão pública, a exemplo da proposta que altera a atual lei de licitações e contratos públicos, assim como às discussões em torno da revisão do pacto federativo, que, segundo ele, precisa de alterações para assegurar a verdadeira autonomia dos municípios.
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