Cumprindo com as recomendações de distanciamento mínimo de prevenção e controle da disseminação do coronavírus, 34 auditores estaduais de controle externo, que compõem as divisões de trabalho do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul, deram início nesta segunda-feira (14/02), a uma série de estudos e treinamentos para ampliar o conhecimento no Planejamento e Execução de Auditorias. A capacitação com duração de cinco dias (14 a 18/02), está sendo realizada no auditório da Escola Superior de Controle Externo (Escoex).
Na abertura, o chefe da divisão de consultoria estratégica, Nasser Nehme Abdallah, que representou o diretor da Secretaria de Controle Externo do TCE-MS, Eduardo dos Santos Dionizio, explica que o curso é importante para que as análises realizadas pelos auditores de controle externo tenham um planejamento e execução mais uniformes. “Esse treinamento vem contribuir para que o trabalho de cada auditor ‘fale a mesma língua’, para que não haja mais diferentes visões e interpretações sobre um mesmo assunto. Trabalhar com a uniformização de procedimentos só trará benefícios”.
De acordo com o instrutor, o auditor federal de controle externo do Tribunal de Contas da União (TCU), Marcelo Luiz Souza da Eira, o curso tem como objetivo fazer um nivelamento conceitual e ao mesmo tempo mostrar técnicas aplicadas na prática, do que está sendo feito em outros tribunais de contas, mostrando a aplicabilidade na rotina dos auditores do TCE-MS. “O curso vem para contribuir com a qualidade dos trabalhos, melhoria da agilidade e eficiência”.
Marcelo Eira destaca que essa metodologia de trabalho foi responsável por inovar a forma de fazer auditoria e de julgar os processos no TCU, e que a alta qualidade e aprovação da metodologia é resultado de alguns anos de esforço. “Hoje os trabalhos são muito mais técnicos e a qualidade muito mais densa, tanto que os órgãos do Ministério Público Federal, do Judiciário e do próprio Legislativo, como o Congresso Nacional, utilizam-se das informações contidas nos relatórios apresentados pelo TCU, porque confiam na qualidade dessas informações”.
O auditor do TCU ressalta a receptividade por parte dos auditores estaduais que estão participando, e que a capacitação está sendo positiva. “A aceitação está sendo muito boa, e antes, ainda na preparação do curso, já tinha conversado com os chefes de divisão, e agora tendo contato com a turma percebi que estão bem interessados e com muita vontade ampliar o conhecimento e o mais importante é que possam ser multiplicadores depois desses conhecimentos para que chegue a todo TCE-MS, a ideia é mesmo de transformação para a melhoria da qualidade do trabalho nas auditorias”.
Participando do treinamento, o auditor estadual de controle externo e chefe da Divisão de Fiscalização da Gestão da Saúde do TCE-MS, Haroldo Oliveira de Souza, ressalta que a expectativa com o curso é aperfeiçoar os procedimentos, melhorar a qualidade do trabalho e assim conseguir alcançar os objetivos que a sociedade espera do Tribunal de Contas. “Fazendo esse curso com o professor Eira, acredito que o nosso trabalho como auditor estadual vai levar de nível em termos de qualidade, conseguindo um nível de excelência ainda maior, conseguiremos nos aproximar de nossa referência técnica que o Tribunal de Contas da União”.
Haroldo Oliveira acredita que a uniformização de procedimentos não vai mudar o olhar pessoal do auditor estadual de controle ao realizar o planejamento e execução nas auditorias. “A independência do auditor é uma regra que jamais será violada, continuará tendo total liberdade para sua atuação. As técnicas dessa metodologia uniformizada, deixará o auditor ainda mais confortável juridicamente para tomar as decisões e fazer os apontamentos”.
Para o chefe da divisão de fiscalização, obras e serviços de engenharia e meio ambiente do TCE-MS, Ricardo Rivelino, o treinamento é imprescindível para que os auditores realizem o seu trabalho, alinhados com a metodologia aplicada no TCU. “O objetivo da uniformização do entendimento é fazer com o que o auditor foque no planejamento e trate situações que sejam parecidas de uma mesma forma, evitando a pluralidade de entendimentos sobre uma mesma situação”.
Essa é a primeira, de duas turmas de auditores estaduais de controle externo que serão capacitados com o curso, que está dividido em quatro módulos. Módulo 1: Conceitos e princípios gerais; Módulo 2: Planejamento de auditoria ou de instrução processual; Módulo 3: Execução de auditoria ou de instrução processual e Módulo 4: Qualidade e benefícios das ações de controle.
Olga Cruz
Imagem: Mary Vasques