Sistemas foi o tema centralizador das experiências exitosas apresentadas no Auditório das Borboletas, durante a manhã do segundo dia do 2º Laboratório de Boas Práticas dos Tribunais de Contas (LabTCs), nesta quinta-feira (22). O encontro reúne profissionais de todo o país no Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá, até sexta-feira (23).
O evento é realizado pela Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon) e pelo Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), com apoio do Instituto Rui Barbosa (IRB), da Associação Brasileira de Tribunais de Contas dos Municípios (Abracom) e do Conselho Nacional de Presidentes dos Tribunais de Contas (CNPTC).
No decorrer dos três dias de programação, há palestras e oficinas sobre 70 boas práticas desenvolvidas pelos órgãos de controle e catalogadas pelo Marco de Medição de Desempenho dos Tribunais de Contas (MMD-TC).
São cinco salas simultâneas com apresentação de cerca de 70 boas práticas identificadas no Marco de Medição do Desempenho (MMD-TC) de 2022. No Auditório das Borboletas, foram expostas as boas práticas “Argus – Informe de Licitações Emergenciais (TCM-PA)”; “Plataforma de Serviços Digitais Conecta-TCU (TCU)”; “Gestão de Processos de Trabalho por meio de Cadeia de Valor (TCE-GO)”; e “Finger — Fiscalização, Investigação e Gestão de Riscos (TCE-PB)”.
A mediação foi feita pelo conselheiro do Tribunal de Contas do Paraná (TCE-PR) Ivan Lelis Bonilha, que falou da importância do intercambio de informações. “Essa integração só melhora, traz incentivo ao nosso dia a dia de atividade, que é sempre muito duro. Nos traz conforto esses encontros entre iguais a nós”.
TCM-PA – Argus – Informe de Licitações Emergenciais
Desenvolvido, implantado e implementado em uma semana, com custo zero para o Tribunal de Contas dos Municípios do Pará (TCM-PA), o robô Argus foi apresentado pelo coordenador do Núcleo de Informações Estratégicas (NIE), Mauro Chaves Passarinho Pinto De Souza.
A ferramenta foi criada com o objetivo de otimizar os trabalhos do Tribunal, tornando as ações mais efetivas em prol da melhoria dos serviços prestados à sociedade. “É um sistema com várias facetas, para auxiliar a equipe técnica na fiscalização da gestão dos recursos públicos, verificar informações sobre licitações obrigatoriamente publicadas pelos órgãos da administração pública municipal direta e indireta. Ele agiliza o trabalho, pois faz a varredura em busca de licitações publicadas no Diário Oficial do Estado (DOE) e em Diários Oficiais de municípios”, explicou o coordenador.
TCU – Plataforma de Serviços Digitais Conecta-TCU
Criada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e apresentada pelo secretário de Gestão de Processos, Mauro Giacobbo, a Plataforma de Serviços Digitais Conecta-TCU surgiu com o objetivo de encurtar caminhos e facilitar a vida dos usuários, por meio de serviços integrados e fáceis de utilizar. “A ferramenta foi criada a partir do foco do usuário e isso foi fundamental, determinante, para construir uma solução que servisse exatamente ao público externo”, salientou.
Conforme o secretário, a Plataforma consiste num instrumento de governança, gestão e interação entre o TCU e os jurisdicionados. Centraliza, consolida e estrutura informações e serviços, gerando economia de tempo e de recursos para as instituições públicas, uma vez que viabiliza a migração definitiva de comunicações processuais, fluxos de informação e serviços amparados em referenciais físicos para modelos digitais.
TCE-GO – Gestão de Processos de Trabalho por meio de Cadeia de Valor
A ferramenta, desenvolvida pelo Tribunal de Contas de Goiás e apresentada pelo secretário de Controle Externo, Sérvio Túlio Teixeira e Silva, é considerada uma evolução da gestão por processos do TCE-GO, representando uma nova forma de visualizar o atendimento às partes interessadas e a entrega de valor à sociedade. Está inserida no contexto do Sistema de Gestão Integrado (SGI) e busca atender os requisitos de gestão da qualidade da norma ISO 9001.
“A Cadeia de Valor demonstra um fluxo contínuo das informações estratégicas, táticas e operacionais que envolvem cada processo de trabalho na geração dos produtos e benefício aos clientes da instituição. Viabiliza a integração das rotinas do Tribunal, o mapeamento de riscos e controles operacionais, a identificação de oportunidades de melhoria e a maximização do atendimento às expectativas da sociedade”, declarou o secretário.
TCE-PB – Finger – Fiscalização, Investigação e Gestão de Riscos
Resultado da integração de pessoas, instituições e dados, a ferramenta Finger, criada pelo Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB), faz o gerenciamento das bases de dados de outros tribunais de contas e órgãos públicos parceiros e transforma em conhecimento para fiscalização, investigação e gerenciamento de riscos.
A experiência foi apresentada pelo auditor de controle externo Josedilton Alves Diniz e pelo servidor Fábio Oliveira Guerra. “A ideia partiu do que fazíamos repetidamente e um dia surgiu uma luz. Ela foi desenvolvida no setor de Informações Estratégicas com foco na celeridade e efetividade, juntamos fiscalização, investigação e gerenciamento de riscos e transformamos numa plataforma”, pontuou o auditor. O servidor ressaltou que atualmente há cerca de 30 bancos de dados relacionados ao Finger.
Veja aqui mais fotos das apresentações no Auditório das Borboletas.
Foto: Gabriela Galvão (TCE-MT)