A entrega do documento “Retratos do Brasil” aos governadores e presidente da República eleitos – evento programado pelo Tribunal de Contas da União e demais Cortes de Contas do País, para o próximo dia 17, em Brasília – é tema de Editorial da última edição do “Jornal da Paraíba”, editado em João Pessoa e datado deste domingo (9).
Diz o jornal paraibano em sua Página de Opinião:
Em boa hora
O bom senso recomenda a esperança na comunhão de esforços entre as maiores expressões da vida pública por um País melhor e mais justo. Não pode ser outra a expectativa do encontro providenciado pelas Cortes de Contas brasileiras com os vitoriosos das urnas de outubro, ou seja, com a sra. Dilma Rousessef e aqueles aos quais o eleitorado confiou os governos do Distrito Federal e dos Estados ao longo de mais um quadriênio.
Reunidos no próximo dia 17, em Brasília, todos receberão dos Tribunais de Contas o “Retrato do Brasil”, diagnóstico minucioso das grandes mazelas nacionais. O que terão em mãos, desse modo, será o estudo profundo e completo das gestões públicas nas áreas da educação, da saúde, da segurança, da previdência e da infraestrutura.
Encarregados, constitucionalmente, do exame ininterrupto dos atos, receitas e gastos do Poder Público os Tribunais de Contas tornam-se, por isso mesmo, porta-vozes dos grandes interesses da sociedade. O documento que vão repassar aos eleitos e reeleitos resulta, portanto, do conhecimento diário de tudo aquilo que emperra, empobrece e prejudica a Nação.
Falam essas Cortes com a exata percepção dos nossos mais gritantes problemas. Afinal, os têm sob análise constante. O que então pretendem é mostrar um Brasil que, muito frequentemente, não anda com passos firmes na melhor das suas direções. O que desejam é auxiliar na identificação dos gargalos da boa governança, a se crer nas afirmações do principal interlocutor para o caso, o presidente do TCU Augusto Nardes.
Revelar por que e onde são maiores as dificuldades do trabalho conjunto em favor da prevenção desses males é proposta que não pode nem deve ser recusada. Nenhuma má vontade em relação a isso seria compreendida pelo conjunto da cidadania.
Os entes do controle externo que assim agem, em tão boa hora, não mais se atêm, felizmente, aos acertos da contabilidade. Vão além disso: investigam, também, a qualidade dos serviços custeados pelos cofres da União, dos Estados e dos Municípios. Nem poderia ser diferente.
A oportunidade da unificação de esforços agora oferecida aos recém-eleitos não será, certamente, por eles recusada. A divisão do País pregada pelo inconformismo de alguns com o resultado das urnas não haverá, enfim, de prosperar entre homens e mulheres cônscios de suas responsabilidades.
Fonte: Ascom/TCE-PB (Frutuoso Chaves)