Procedimentos de inteligência são fundamentais na auditoria pública, diz presidente da Atricon

A qualidade na auditoria pública passa pelo uso de procedimentos de inteligência, como o cruzamento de informações entre os diversos órgãos de controle e este evento é importante porque estamos dando o primeiro passo para debater essa nova realidade e essa necessidade. Foi o que disse o presidente da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon), conselheiro Antonio Joaquim, na abertura do Encontro Nacional sobre Atividades de Inteligência de Controle Externo, que começou nesta quarta-feira (15) e segue até o dia 17, em Brasília.

O evento foi organizado pela Atricon, Instituto Rui Barbosa (IRB) e Tribunal de Contas da União (TCU), com participação da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). O presidente do TCU, ministro Benjamim Zymler, e o presidente do IRB, conselheiro Severiano Costandrade, participaram da abertura. Cerca de 170 pessoas se inscreveram para o encontro, entre conselheiros, auditores substitutos de conselheiros e técnicos de 33 dos 34 Tribunais de Contas do país.

O ministro Zymler explicou que o TCU já vem adotando procedimentos de inteligência nas atividades de auditoria, inclusive treinando técnicos para a adoção de normas e ações desse porte. Mas observou que trata-se de algo novo, que precisa de maturação. Ponderou, inclusive, sobre a importância do evento realizado e destacou a parceria concreta entre a Atricon, o IRB e o TCU. “Hoje não se pode mais dar-se ao luxo de fazer auditoria sem planejamento e ações de inteligência”, disse o ministro.

O conselheiro Severiano Costandrade historiou o uso de atividades de inteligência pelos governos e observou que a tecnologia da informação criou ambiente propício para ações de inteligência no trabalho de auditoria e fiscalização realizadas pelos Tribunais de Contas.

O presidente da Atricon disse ainda, durante a abertura, que o encontro nacional sobre atividades de inteligência de controle externo foi pensado e proposto pelo presidente do TCE da Paraíba, Fernando Catão, e que era importante fazer esse registro público. O TCE-PB apresentará sua experiência nessa área em palestra no dia 17, sexta-feira.

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