Centro Cultural do TCE-PB e Academia de Cordel homenageiam Rafael de Carvalho

O Tribunal de Contas do Estado, por meio do Centro Cultural Ariano Suassuna, em parceria com a Academia de Cordel do Vale do Paraíba, realiza, nesta sexta-feira (27) à partir das 18 horas, mais uma versão do Sarau “Poemas e Cantos da Cidade”, evento que se incorpora à programação do Centro Cultural e que passará a acontecer mensalmente. O evento é aberto ao público e conta com estacionamento próprio.

A nova versão foi traçada pelo presidente da Academia de Cordel, poeta Sander Lee, e pelo diretor do CCAS, Flávio Sátiro Filho, e conta com o apoio do presidente do TCE-PB, conselheiro André Carlo Torres Pontes, no sentido de que o CCAS seja um instrumento atuante em favor da cultura paraibana.

A programação desta sexta-feira começa com uma homenagem pela passagem do centenário de nascimento do saudoso poeta e artista Rafael de Carvalho com a participação do professor Jocelino Tomaz, do grupo Atitude, de Caiçara-PB, que falará sobre o homenageado e seu centenário. Ainda sobre Rafael de Carvalho, os poetas Thiago Alves, Marconi Araújo e Sander Browm, recitarão poemas de sua autoria.

Na sequência haverá declamações sobre temas diversos, vídeos e vários lançamentos literários, entre os quais “Laranja Romã” (Fábio Mozart), “Efeitos homíneos e naturais” (Onaldo Queiroga), “Menino Traquino” (Nasser Queiroga), “Jardim de amores” (Raniery Abrantes), “Cordel Universal” (Beto Brito), “Matuto no Restaurante” (Tiago Monteiro) e “Rafael de Carvalho, o multiartista Caiçarense” (Bartolomeu Xavier da Costa). O evento conta, ainda, com uma visitação a exposição “Cenas da Paraíba”, do artista plástico Alexandre Prazim.

RAFAEL DE CARVALHO – Manoel Rafael de Carvalho nasceu em 06 de fevereiro de 1918, no Sítio Pedra Tapada, em Caiçara, na Paraíba. Serviu o exército em Pernambuco, onde iniciou suas atividades em rodas de samba para os colegas durante o plantão, oportunidade em que foi visto pelo mestre da banda de música e aconselhado a aprimorar seu talento com aulas de canto. Voltou para a Paraíba logo que deixou o Exercito, mas logo transferiu-se para Bahia, onde iniciou seus estudos ao ingressar em aulas de canto, com o prof. Luiz Jatobá, que posteriormente se tornaria um dos maiores locutores da América.

Desde criança ele se identificava com a cultura popular, com os emboladores, com os folhetos de cordel e com as danças e representações tradicionais, como o Bumba-meu-boi. Foi na Bahia que ele produziu seus primeiros cordéis. Foi lá também que participou e organizou suas primeiras peças teatrais. Participou de vários festivais e concursos interpretando poemas de sua autoria, o principal foi o prêmio maior de poesia dada Academia de Letras da Bahia, com um poema em homenagem ao centenário do nascimento de Castro Alves – prêmio que quase não pode receber por não ter um terno para ir à solenidade de entrega.

Um diferencial na sua trajetória foi a participação no programa do humorista Zé Trindade, onde se apresentou como calouro e  ganho um concurso, surgindo também assim a oportunidade de mostrar o seu talento no Rio de Janeiro. Em 1947, foi para o Rio de Janeiro e estreou sua carreira profissional.

 

 

Ascom TCE – 26 07 2018