O conselheiro aposentado do Tribunal de Contas de Santa Catarina Salomão Ribas Junior assumiu, na noite desta segunda-feira (7/7), a presidência da Academia Catarinense de Letras (ACL) para o biênio 2014-2016. Realizada na sede da ACL, em Florianópolis, a solenidade reuniu cerca de 100 pessoas, entre elas, os presidentes do TCE/SC, conselheiro Julio Garcia, e do Tribunal de Justiça, Nelson Juliano Schaefer Martins, o procurador de Justiça José Galvani Alberton — na condição de representante do Ministério Público do Estado —, o secretário de Estado da Segurança Pública, César Augusto Grubba, o ex-vice-governador Victor Fontana, além dos presidentes da Associação Catarinense de Imprensa, Ademir Arnon, e do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina, Augusto César Zeferino.
Defender a língua portuguesa, a liberdade de expressão, do pensamento, de opinião e a livre circulação de ideias; difundir e estimular a literatura catarinense; preservar a memória dos escritores e literatos e os valores culturais do Estado; lutar pela criação literária protegida de qualquer censura; cooperar com as demais Academias — a Brasileira, a de outros Estados e as Municipais —; e estreitar os laços de cooperação com o Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina na preservação da memória histórica e literária foram algumas das metas anunciadas.
Ao cumprimentar o trabalho desenvolvido pela gestão que o antecedeu — presidida pelo jurista e escritor Péricles Prade —, o presidente salientou que o exemplo de dedicação e entusiasmo na busca dos ideais acadêmicos servirá de inspiração. “Santa Catarina fica a lhes dever pelo o que fizeram e planejaram fazer pela cultura, pelas artes e, sobretudo, pela preservação do vernáculo e da literatura brasileira e catarinense”, ressaltou.
Junto com os integrantes da diretoria — o vice-presidente, Liberato Manoel Pinheiro Neto, o tesoureiro, Amilcar Neves, a secretária, Lélia Pereira da Silva Nunes, e os membros do Conselho Fiscal, Moacir Pereira, Celestino Sachet e Padre José Besen —, Ribas Jr. irá propor aos acadêmicos a proposta de trabalho para o biênio, que deverá contemplar, segundo ele, mais de 20 pontos a serem enfrentados internamente e 10 externamente.
No plano interno, adiantou o prosseguimento das tarefas históricas da Academia. Citou a construção da Revista, os concursos literários, a coleção ACL, os prêmios anuais para ensaio, história, romance, conto e crônica, o estímulo à defesa das letras catarinenses, na concessão do Prêmio Othon Gama D´Eça e Medalha Academia Catarinense de Letras, e a transformação da biblioteca em centro de referência para pesquisa sobre a literatura brasileira e, em especial, catarinense.
Já no plano externo, a nova diretoria pretende incentivar a aplicação das leis nacionais e estaduais de estímulo à leitura. “Essas leis elegem dias, semanas e meses de celebração do livro e da leitura”, destacou o presidente, que defendeu a cooperação com o poder público, em todos os níveis, e com a iniciativa privada para que tais leis sejam, efetivamente, colocadas em prática. Nessa direção, citou o aperfeiçoamento da cooperação com o Conselho Estadual de Cultura, especialmente no que diz respeito à aquisição e à distribuição de livros de autores catarinenses a todas as bibliotecas públicas e escolares. “A nossa proposta será nenhuma escola sem biblioteca, nenhum município sem biblioteca com autores catarinenses”, enfatizou Ribas Jr., ocupante da cadeira de número 38, jornalista e escritor.
A solenidade contou com a participação de autoridades do Estado e do município e integrantes do TCE/SC e de instituições ligadas à cultura, de acadêmicos da ACL e do Coral Hélio Teixeira da Rosa, do Tribunal de Contas de Santa Catarina.