TCE-SE vai firmar TAG para melhorar tratamento oncológico em Sergipe

Ainda neste mês deverá ser firmado um Termo de Ajustamento de Gestão (TAG) no ao Tribunal de Contas do Estado de Sergipe (TCE-SE) por meio do qual os gestores da Saúde no Estado e no município de Aracaju, além dos dirigentes dos Hospitais de Urgência (HUSE) e Cirurgia, se comprometerão a resolver as falhas que têm prejudicado o tratamento oncológico em Sergipe.

A definição se deu durante a segunda audiência pública promovida pelo TCE-SE para tratar do tema, na quarta-feira, 5. “Vamos formalizar este ato e colocar à disposição de todos para que possamos amarrar tudo aquilo que vem sendo discutido nessas audiências. Não dá mais para vermos tanta irresponsabilidade no tratamento do câncer”, enfatizou o conselheiro-presidente Clóvis Barbosa de Melo.

Este segundo encontro promovido pelo Tribunal, após propositura da conselheira Susana Azevedo, teve como novidade a participação de entidades com reconhecido trabalho no combate ao câncer, como a Associação dos Voluntários a Serviço da Oncologia (Avosos), o Grupo Mulheres de Peito e a Associação dos Amigos da Oncologia (AMO).

“Estamos dialogando com todos os atores envolvidos e é fundamental esse olhar de quem está enfrentando pessoalmente esta dura realidade. Viemos cobrar dos gestores da área para que não interrompam os tratamentos desses pacientes com câncer e tenham responsabilidade, senão essas pessoas virão a óbito”, ressaltou a conselheira Susana Azevedo.

A oportunidade de reunir os órgãos e entidades para debater os problemas também foi destacada pelo procurador-geral do Ministério Público de Contas, João Augusto Bandeira de Mello: “Esse tipo de audiência acaba criando laços entre os atores, facilita o diálogo, as pessoas se conhecem e acabam trocando ideias, abrindo espaços para reuniões futuras”.

Na audiência, o secretário de Saúde do Estado, Almeida Lima, e a secretária de Saúde de Aracaju, Waneska Barbosa, expuseram as medidas que vêm adotando para enfrentar a questão. “Após uma reunião como essa, onde a gente passa em revista todos os assuntos, saímos mais fortalecidos, com uma visão mais ampla da necessidade de preparar nossos instrumentos administrativos para poder fazer frente à problemática e atender à demanda que ainda está reprimida”, observou Almeida.

A metodologia de trabalho adotada pelo TCE foi enaltecida ainda pelo cirurgião oncológico Roberto Gurgel, que há 33 anos atua na área da Oncologia. Para ele, o Hospital do Câncer é um tema que deve ser debatido, mas “mais importante é o que foi feito hoje pelo Tribunal de Contas: discutir o que vamos fazer com os pacientes que estão precisando do tratamento agora”, concluiu.