Ferramenta de trabalho que permite maior efetividade nas ações de controle externo, a atividade de inteligência foi tema da palestra ministrada pelo diretor de Gestão de Informações Estratégicas do Tribunal de Contas da União, Carlos Roberto Takao Yoshioka. O evento foi aberto ao público e abriu o curso para servidores da Corte com o mesmo foco.
O presidente do TCE-ES, Carlos Ranna, participou do evento e deu um recado aos presentes. “Não podemos nos dar o luxo de atuarmos com amadorismo no controle externo. Uma hora de auditoria é cara e esse recurso tem que ser bem aplicado, com um bom planejamento. Assim, teremos uma visão antecipada, prospectiva e preventiva”, disse.
Em sua fala, Yoshioka destacou que não é possível que um Tribunal faça auditoria em todos os contratos, sendo, portanto, a seleção, seguindo uma matriz de risco bem elaborada, muito importante. “Não devemos nos ater a um erro formal se há indícios de irregularidades muito maiores”, afirmou.
A atividade de inteligência, segundo o palestrante, é especializada na produção de conhecimentos que permitam às autoridades competentes, nos níveis estratégico, tático e operacional, adotar decisões que resultem em aumento de eficiência, eficácia, efetividade, economicidade, tempestividade e oportunidade das ações de controle externo e realizar ações que exijam a utilização de métodos e técnicas de investigação.
Yoshioka é especialista em “Gestão Corporativa na Administração Pública” e tem formação no tema “Inteligência” pela Escola de Inteligência do Exército Brasileiro e pela Escola de Inteligência da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN). Possui ainda ampla experiência no combate à corrupção, à lavagem de dinheiro e em investigação financeira.