O secretário de Gestão de Pessoas do Tribunal de Contas da União, Fernando Silveira Camargo, reuniu- se, dia 30.07, com servidores do Tribunal de Contas do Estado da Bahia para uma visita técnica. Na oportunidade, apresentou o Projeto de Trajetória Profissional que se encontra em fase de estudos no TCU. Durante uma conversa bastante esclarecedora com os profissionais da Casa, o gestor do TCU deixou a seguinte mensagem: o paradigma de qualquer instituição, seja ela pública ou privada, é produzir com qualidade. E o desempenho de cada um deve estar vinculado à carreira, ao conhecimento adquirido e ao comprometimento.
O encontro serviu, principalmente, para ouvir as experiências de sucesso na gestão de pessoal do TCU, buscando caminhos para uma adequação à realidade da Corte de Contas baiana, que passa por um processo de reestruturação administrativa. Participaram da reunião o presidente do TCE, conselheiro Zilton Rocha, assessores da presidência, coordenadores de controle externo, coordenadores de gabinete, integrantes da Sutec/Cope, Ceice, Ouvidoria e Auditoria Interna.
Em sua apresentação, o auditor Fernando Camargo destacou que o ato de gerir pessoas depende de um projeto de trajetória profissional que seja marcado pelo domínio progressivo de competências em diferentes espaços ocupacionais. Em outras palavras, as organizações precisam criar uma forma de gerenciamento que permita a seleção dos melhores quadros para utilizá-los no momento adequado.
Mas para isso, explicou o auditor, é preciso mapear com precisão o perfil dos profissionais. “É importante saber qual é a praia de cada um. Nem sempre o melhor técnico será o melhor gestor”, enfatizou. Na avaliação do funcionário do TCU, a especialização é condição sine qua non para subir os degraus da carreira: “A especialização é uma tendência sem volta. A atividade de auditoria se torna mais seletiva com a especialização. E temos de lembrar que a sociedade nos paga para realizar projetos estruturantes”, sublinhou.
O auditor Fernando Camargo esboçou ainda o cenário profissional do TCU, destacando números
da instituição: “O TCU atualmente tem 2.680 servidores, dos quais 1.700 são auditores de controle externo. Nos últimos sete anos, o Tribunal fez concursos públicos anuais. O processo seletivo é uma forma de manter o quadro sempre em ebulição e gera uma competitividade saudável. Notamos que as pessoas que já estavam na Casa tendem a se animar com a chegada daquelas que acabaram de entrar com todo o gás”, ressaltou Camargo.
Ao responder às questões dos servidores do TCE, Fernando Camargo citou avanços importantes na gestão de pessoal do TCU, como o teletrabalho, a flexibilidade de horário (banco de horas) e a adoção de uma política de metas de produtividade bem estruturada. Sobre este último ponto, frisou que não apenas a área fim tem o compromisso de cumprir metas, mas também as áreas de apoio. Para ele, a motivação é uma semente que deve ser sempre cultivada no mundo corporativo. “Motivação é uma porta que se abre por dentro. A instituição deve dar todas as condições, mas a porta da motivação, cada um de nós é que tem que abrir”, pontuou.
DEPOIMENTOS
“A presença do Dr. Fernando Camargo no TCE, desta vez falando sobre Gestão por Competências e Trajetórias Profissionais, é a continuidade de uma relação institucional que vem se dando entre os TCs e que se caracteriza pela socialização de experiências e uso de tecnologias criadas no âmbito de cada Tribunal e que são apropriadas pelos demais, que se adaptam às suas realidades. O auditor Fernando Camargo fala dos temas ligados à gestão de pessoal com uma desenvoltura típica de quem conhece o assunto e, mais que isso, de quem aplica as metodologias e ferramentas sobre as quais discorre. Alegrou-nos ouvir do nosso convidado que ele continuará a nossa disposição sempre que precisarmos.
Vale salientar que a nossa administração está empenhada em ousar em termos de modernização do Tribunal em todos os âmbitos. Para isso, estamos contratando consultorias em diversas áreas de atuação a partir de apoios que temos recebido de organismos internacionais, como o Bird e de entidades nacionais mantidas pelos próprios Tribunais de Contas, como a Atricon e o IRB”.
Conselheiro Zilton Rocha, presidente do TCE-BA