VIII Encontro Nacional conta com palestra sobre igualdade de gênero

O encontro é promovido pela Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon) em conjunto com os Tribunais de Contas do Município do Rio de Janeiro (TCMRJ), do Estado (TCE-RJ), Instituto Rui Barbosa (IRB), Abracom, CNPTC e Audicon, com o apoio do TCE-MT e patrocínio do Sebrae, CNI e BID.

A presença feminina na atuação do controle externo norteou a oficina “Igualdade de Gênero no Sistema Tribunais de Contas”, na manhã desta quarta-feira (16) durante o VIII Encontro Nacional dos Tribunais de Contas (VIII ENTC), que está sendo realizado na cidade do Rio de Janeiro.

A conselheira do Tribunal de Contas do Estado de Sergipe (TCE-SE), Susana Azevedo, apresentou os resultados do Grupo de Trabalho (GT) para a Promoção da Igualdade de Gênero.  O levantamento mostrou que há 226 Conselheiros Titulares, sendo 200 homens e apenas 26 mulheres. Além disso, 15 Tribunais de Contas não têm nenhuma conselheira Titular.

“A pesquisa mostra uma alta presença feminina no controle externo, mas não sé reflete nos cargos de direção. Temos que colocar as mulheres junto aos homens nos cargos de chefia”, apontou a conselheira e coordenadora do GT, Suana Azevedo.

Após a divulgação da pesquisa, a presidente do Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE-PI), Lilian Martins palestrou sobre “Mulher, poder e sociedade”.

“Vimos importantes dados sobre a diferença da presença feminina nos espaços de poder, mas como chegamos a esse ponto? Existe uma construção social que nos trouxe a essas relações de gênero permeadas de preconceito e diferenças, e cabe a nós discutirmos ações para desfazer ou minimizar esta situação”.

Lilian Martins apresentou o cenário da participação feminina no TCE-PI. Entre servidores efetivos e comissionados quase 49% são de mulheres. O diagnóstico aponta que 28% dos membros da Corte piauiense são mulheres e também são as mulheres que ocupam 59% das chefias de gabinete, 33% das diretorias e 33% das secretarias. Números relevantes, mas que podem e devem ser melhorados.

“Ao longo do tempo, as mulheres vêm aumentando sua participação e isto é resultado de aprendizado e reconhecimento de direitos, não é concessão ou benesse”, enfatizou a presidente, e finalizou destacando a união feminina. “Quando uma mulher ocupa espaço de poder, ela abre oportunidades para mais mulheres alcançarem o mesmo. Avante! Temos muito que fazer e faremos unidas”.

Fonte: TCE-PI